Fiquei amigo de todos os passarinhos.
Eles batem asas e voam por aí, com minhas esperanças, espalhando a música dos meus anseios e sonhos por todos os lugares.
Pra quem tem "ouvidos para ouvir" e oferecem a eles sementes de atenção, eles agradecem com sua sinfonia, orquestrada pelas minhas vicissitudes e quimeras: o canto dos meus desejos e pensamentos mais íntimos.
Eles são o substrato dos meus sonhos, com suas mudanças repentinas, com seus movimentos aparentemente randômicos.
São rápidos, mas sabem pousar. Param no alto das árvores e observam curiosos o mundo abaixo.
No chão, em geral, pulam. Nunca rastejam, não parecem tão à vontade em solo firme. São sonhadores e como meus sonhos, estão lá no alto junto com dezenas e centenas, em revoada, em bandos. Brincando com o vento.
As vezes nem sempre me levam onde quero ou prevejo, mas sempre trazem pra mim um pouco do que eu preciso.
São agora meus melhores e verdadeiros amigos.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Pássaros, alimento e filhotes
Fiquei em dúvida se deveria colocar a imagem acima.
Ela ilustra muito bem, mas reduz minha idéia.
Porém, como tudo nasceu daí, fica a imagem. Mas não se prenda a ela, apesar de ter um "significado maior" e ser "meiguinha" e cheia de "coisinhas fofinhas".
E também não se engane: Minha proposta é falar sobre a pedra do estilingue que mata este pássaro e, por consequência, todos os filhotinhos.
Portanto nada de "meigo" ou "bonitinho" no que se segue, mas ainda um pouco de "significado maior".
Apenas para amenizar, quero falar novamente sobre a sutileza do ato de aprender e nossas resistências e bloqueios ao novo ou "diferente".
Este distanciamento auto-imposto e condicionado e a necessidade de repetir e reafirmar a repetição, pra continuar repetindo.
Falo sobre a grande Lei reinante do "achatamento". Sobre o mundo "ser plano" como no título do livro.
Sobre a presença onipresente dos gráficos de linha reta. Da não oscilação e do medo, esta fonte primordial.
O Deus da humanidade chama-se Medo.
Ele reina absoluto. Ele consegue ser Deus e diabo, sol e lua. Dia e noite. O medo é Deus (e diabo).
Aqui não me estenderei sobre tudo que está embaixo de suas asas. Seriam necessários mais livros do que todos os editados para descrever em detalhes suas variações.
Falo apenas da pedra que mata o pássaro e seus filhotes.
E nem precisava explicar ou mesmo escrever mais nada. Basta apenas colocar a foto acima, pedir para que olhe pra ela por alguns minutos para que depois leia a frase: Uma pedra de estilingue matou o pássaro que alimenta seus filhotes.
Essa é a mensagem. Mas sei que é demasiado subjetiva e sugere uma ação impactante proposital e desmedida.
Porque a cena é linda. Profunda e nos leva a pensar sim.
Quero explicar a pedra como a nossa impossibilidade do ato anterior: Olhar a imagem e refletir sobre ela. Pensar. Aprender (e aprender muito) com o que ela nos passa.
Melhor que fôssemos observá-la in loco com a ação inicial do pássaro buscando alimento, com os filhotes famintos esperando, com a divisão do alimento entre eles, com a satisfação da necessidade momentânea do que dá e dos que recebem e da saída novamente do pássaro por mais alimentos. Este ciclo é extraordinário para uma reflexão. Eu escreveria um livro sobre ele.
E a pedra que mata o pássaro no caminho?
São nossos condicionamentos.
Desaprendemos a aprender. Não entendemos que aprender é algo maior do que "obter informação" de um livro, professor ou de qualquer fonte que seja.
Desaprendemos que a fonte somos nós e nossas experiências, associadas a capacidade de assimilação e entendimento no sentido amplo e irrestrito.
Não há escolas que ensinem crianças a andar.
Como elas aprendem?
Bebendo desta fonte que abandonamos quando desaprendemos a aprender.
Por isso, quem abandona esta fonte não merece viver. Porque ela é a verdadeira fonte da vida!
Quem nega a vida merece viver?
Nem vivendo está...
Quero fazer um convite a você.
Você viu o tamanho deste texto e, mesmo assim, se propôs a lê-lo.
Você não se intimidou com o fato dele não estar em um microblog onde temos x letras para escrever.
Você apenas buscou saber o que eu quis dizer e chegou até aqui. Quase no seu final.
Quero te parabenizar.
Meus textos mais lidos são os menores e este está fadado a estar na lista dos menos lidos.
Por isso o convite.
Procure a sua fonte.
Aquela que te ensinou coisas que não sabe como aprendeu, mas que aprendeu tão bem!
Você aprendeu mais que andar, você corre, dança, escala montanhas, anda de bicicleta, pratica inúmeros esportes e usa estas mesmas pernas pra tanta coisa!!!
Você nem se lembra de como aprendeu a usá-las.
Mas, acredite, naquele momento você estava bebendo desta fonte.
Volte a ela.
Volte a observar, olhar, sentir, tatear, sorrir por nada e por tudo. Volte a sentir.
Volte a se preocupar, não com o tombo, mas com a alegria de se manter de pé por alguns segundos.
Volte a sua fonte sempre. Todos os dias.
Permita-se a aprender com os pássaros que alimentam seus filhotes.
Deixe de ser a pedra do estilingue.
Vá a seu interior e verá a fonte do sorriso e da conquista.
Não há a mínima necessidade de se preocupar com as pessoas que vão te ver levar tombos e dar risadas ou correr pra te levantar.
Pense que o mais importante são aqueles poucos segundos de pé e em tudo o que envolve este momentum.
Aprenda com quem não tem a mínima idéia de que está te ensinando algo.
E merecerá estar vivo.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Eu quero que o Fantástico vá para o inferno!
Eu achava o Fantástico o melhor programa da televisão brasileira.
Agora não assisto mais, só minha mãe.
Creio que o Fantástico é algo que se adaptou ao seu estilo porque, antes que termine o programa ela já está dormindo e o Fantástico é ótimo pra isso.
Meu amor com o Fantástico já tinha acabado. Eu assistia só por causa da Patrícia Poeta. Qual homem não vai querer ver uma mulher morena com lindos cabelos negros sorrindo?
Tem alguém no Brasil que acredita mesmo que a Marilyn Monroe representaria em qualquer momento da nossa história um "ícone-de-beleza"?
A MM era branquela e azeda. A única semelhança com algumas brasileiras era o fato de ser vagabunda, adúltera e vulgar.
Tinha lá um "corpo", mas eu ainda sou mais a Patrícia Poeta.
Era, porque, agora, o que ela menos faz é sorrir. E ainda me dá a sensação de uma terça ou quarta ser domingo.
Uma mulher que me faz lembrar do domingo na terça e que não sorri não merece ser "ícone-de-beleza". Não merece nem sequer ser desejada.
Aliás, a Patrícia Poeta é gostosa? Ainda não ví se ela tem bundão ou peitão.
Aqui no Brasil basta o bundão.
Acho que nós homens temos este fetiche por bundão porque, no fundo, depois de transar, a gente quer que a maioria das mulheres vá embora. Ou, melhor, nós queremos elas sempre de joelhos, implorando por nosso dinheiro.
Ou ainda, se já tiver passando melhor que já estejam indo. Elas passam e fica o bundão por alguns momentos. Mas vão.
Porque a mulher brasileira, em sua maioria, quer apenas cantar música sertaneja, dançar axé ou funk, beijar em mikareta, falar mal de suas amigas e ser fútil. Muito fútil.
Quando lê algo, não lê nada que não seja fútil. E, pior, assiste novelas.
Não há nada mais execrável que novelas e livros fúteis (ainda mais estes de auto-ajuda ou "espirituais").
Zíbia Gasparetto e Padres tipo Rossi e Fábio vão morrer e ir para o inferno. Talvez nem tanto por merecimento, mas porque seus leitores vão puxar eles para lá, pra que continuem escrevendo mal sobre coisas banais e óbvias.
Mas tem os produtores do Fantástico, que vão pro inferno também.
Eles serão puxados pelos telespectadores que participam das enquetes que "tem três minutos" para responder.
A última gota d'água do Fantástico, ao menos pra mim, foi quando fizeram uma matéria completamente tendenciosa sobre crianças gordinhas e perguntaram em uma enquete se os telespectadores concordavam com o "estado" tomar a guarda dos pais das crianças gordinhas.
Quando ví a resposta em que os telespectadores responderam SIM, eu fiquei sem ação.
Não sabia se xingava o programa ou os telespectadores.
Como alguém pode concordar que um deputado, um senador ou a president"a", cuide seus filhos?
Ou estão loucos, ou cegos ou vão mesmo para o inferno.
Se minha filha ver a Dilma de perto ela não dorme sozinha por dois meses. Ela não irá ao banheiro sozinha nem durante o dia. Ela não ficará sozinha. Se vc quiser assustar seus filhos menores não fale "bicho papão", fale "a Dilma vai te pegar".
E tem gente que acha que "o estado" deve cuidar das nossas crianças.
Só pode ser piada isso. Mas não era o Pânico ou o CQC, era mesmo o Fantástico e, se não me engano, a Patrícia Poeta estava apresentando.
Neste caso, eu trocaria pela Marilyn Monroe. Prefero a Marilyn Monroe sem bunda e sem peito cantando desafinado "parabéns pra vc" para o Lula do que ver uma enquete em que telespectadores querem que os políticos cuidem de suas crianças.
Ao menos a MM não teria credibilidade para apresentar o Jornal Nacional (que caiu 3 pontos nesta semana) e poderia continuar sorrindo no Fantástico para a minha mãe dormir tranquila no domingo, sabendo que seus filhos já são adultos, que os deputados não irão tomá-los dela e com esperança de que o Bruno e Marrone, com o Leonardo e a Ivete Sangalo poderão participar do Especial de fim de ano do Roberto Carlos (que foi cancelado neste ano) cantando juntos "...e que tudo mais, vá para o inferno".
Agora não assisto mais, só minha mãe.
Creio que o Fantástico é algo que se adaptou ao seu estilo porque, antes que termine o programa ela já está dormindo e o Fantástico é ótimo pra isso.
Meu amor com o Fantástico já tinha acabado. Eu assistia só por causa da Patrícia Poeta. Qual homem não vai querer ver uma mulher morena com lindos cabelos negros sorrindo?
Tem alguém no Brasil que acredita mesmo que a Marilyn Monroe representaria em qualquer momento da nossa história um "ícone-de-beleza"?
A MM era branquela e azeda. A única semelhança com algumas brasileiras era o fato de ser vagabunda, adúltera e vulgar.
Tinha lá um "corpo", mas eu ainda sou mais a Patrícia Poeta.
Era, porque, agora, o que ela menos faz é sorrir. E ainda me dá a sensação de uma terça ou quarta ser domingo.
Uma mulher que me faz lembrar do domingo na terça e que não sorri não merece ser "ícone-de-beleza". Não merece nem sequer ser desejada.
Aliás, a Patrícia Poeta é gostosa? Ainda não ví se ela tem bundão ou peitão.
Aqui no Brasil basta o bundão.
Acho que nós homens temos este fetiche por bundão porque, no fundo, depois de transar, a gente quer que a maioria das mulheres vá embora. Ou, melhor, nós queremos elas sempre de joelhos, implorando por nosso dinheiro.
Ou ainda, se já tiver passando melhor que já estejam indo. Elas passam e fica o bundão por alguns momentos. Mas vão.
Porque a mulher brasileira, em sua maioria, quer apenas cantar música sertaneja, dançar axé ou funk, beijar em mikareta, falar mal de suas amigas e ser fútil. Muito fútil.
Quando lê algo, não lê nada que não seja fútil. E, pior, assiste novelas.
Não há nada mais execrável que novelas e livros fúteis (ainda mais estes de auto-ajuda ou "espirituais").
Zíbia Gasparetto e Padres tipo Rossi e Fábio vão morrer e ir para o inferno. Talvez nem tanto por merecimento, mas porque seus leitores vão puxar eles para lá, pra que continuem escrevendo mal sobre coisas banais e óbvias.
Mas tem os produtores do Fantástico, que vão pro inferno também.
Eles serão puxados pelos telespectadores que participam das enquetes que "tem três minutos" para responder.
A última gota d'água do Fantástico, ao menos pra mim, foi quando fizeram uma matéria completamente tendenciosa sobre crianças gordinhas e perguntaram em uma enquete se os telespectadores concordavam com o "estado" tomar a guarda dos pais das crianças gordinhas.
Quando ví a resposta em que os telespectadores responderam SIM, eu fiquei sem ação.
Não sabia se xingava o programa ou os telespectadores.
Como alguém pode concordar que um deputado, um senador ou a president"a", cuide seus filhos?
Ou estão loucos, ou cegos ou vão mesmo para o inferno.
Se minha filha ver a Dilma de perto ela não dorme sozinha por dois meses. Ela não irá ao banheiro sozinha nem durante o dia. Ela não ficará sozinha. Se vc quiser assustar seus filhos menores não fale "bicho papão", fale "a Dilma vai te pegar".
E tem gente que acha que "o estado" deve cuidar das nossas crianças.
Só pode ser piada isso. Mas não era o Pânico ou o CQC, era mesmo o Fantástico e, se não me engano, a Patrícia Poeta estava apresentando.
Neste caso, eu trocaria pela Marilyn Monroe. Prefero a Marilyn Monroe sem bunda e sem peito cantando desafinado "parabéns pra vc" para o Lula do que ver uma enquete em que telespectadores querem que os políticos cuidem de suas crianças.
Ao menos a MM não teria credibilidade para apresentar o Jornal Nacional (que caiu 3 pontos nesta semana) e poderia continuar sorrindo no Fantástico para a minha mãe dormir tranquila no domingo, sabendo que seus filhos já são adultos, que os deputados não irão tomá-los dela e com esperança de que o Bruno e Marrone, com o Leonardo e a Ivete Sangalo poderão participar do Especial de fim de ano do Roberto Carlos (que foi cancelado neste ano) cantando juntos "...e que tudo mais, vá para o inferno".
domingo, 11 de dezembro de 2011
Passou!
Quero escrever esta frase apenas pra dizer que agora, ao terminar de lê-la ela não mais existe.
Não mais está aqui e se foi na velocidade da sua leitura e no espaço de seus olhos que a seguiram neste breve instante.
Ela está lá acima.
Você pode voltar para rever, lê-la novamente, mas não será mais a mesma.
Já se fez um juízo sobre ela.
Já a configuramos num espaço-tempo e, mesmo que não tenhamos combinado. Ou mesmo contra nossa vontade, ela se foi.
Ao voltar a ler, não será a mesma frase, apenas a mesma forma. E ainda tenho dúvidas sobre se ainda será a mesma forma.
Tudo assim: Efêmero. Mesmo a felicidade ou tristeza eternas são fulgases.
Mesmo você agora, que esteve estes segundos aqui, lendo, passou.
E mesmo este texto que, parado estava até que sua atenção se recaísse sobre ele, não existe mais a partir desta palavra:
A palavra palavra.
Nós temos dificuldade em perceber a idéia de espaço-tempo.
Nosso condicionamento-matriz nos prende a muitos conceitos que nem sequer sabemos ou dominamos.
Apenas estamos, ora inseridos, ora orbitando, ora nos afastando e aproximando.
Este "quem somos" filosófico, confrontado com o espiritual, alterado pelo psicológico ou até mesmo explicitamente científico, biológico, é fruto da mudança eterna e intrepidez mortal: o andar apressado e aparentemente inerte da vida.
Estamos caminhando para a vida ou para a morte? Ao lado, atrás ou a frente? De qual nos aproximamos mais?
O que está dentro de nós? Existe algo lá? Tudo está dentro ou fora?
Onde nos identificamos mais? O copo está mesmo cheio?
Não são mais dúvidas ou indagações vãs, mas conclusões de um pensamento despótico.
Tente responder cada pergunta e vai perceber.
Ontem beijava uma linda mulher. Onde ficou aquele beijo?
E tudo o que você até agora entendeu ou mesmo vai procurar entender depois de rever ou reler o que quero dizer aqui, estará lá: No beijo. Na linda mulher.
O que eu e você somos também.
"Quem somos" é mais importante de "quem fomos" ou "quem seremos"?
Ao fundo e no resumo concreto somos, ao menos agora, o espaço-tempo sobrepujado.
E ainda deixamos os pensamentos depóticos, a morte, a dúvida, a velocidade da leitura, o juízo sobre ela, o filosófico, o biológico, a forma, o beijo da linda mulher e a palavra palavra.
Ficando apenas o que somos. Que neste exato momento, passou!
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O Criador
Eu gosto muito desta designação sobre Deus: O Criador.
Falam que ele criou tudo o que existe. Uma verdade irrefutável.
Só me incomoda a utilização do verbo no passado. Deus "criou" tudo o que existe.
Este verbo no passado diminui muito a questão mais importante desta história: Deus CRIA.
Estou aqui pensando em como escrever mais um texto para o blog. Você está aí lendo e Ele está criando, criando.
Uma ação contínua que segue um fluxo inimaginável.
Penso nEle como uma força condensada de onde saem estrelas, galáxias, universos em uma velocidade formidável.
Deus nos mostra, por si, como deveríamos ser e nunca conseguimos.
Estamos parando o tempo todo. Estamos interrompendo nosso fluxo.
Penso nisso quando vejo pessoas em busca de um "porto seguro" ou de um "colo" ou algum "refúgio".
Se estamos em um rio de velocidade imensa, de energia que flui e se expande, de algo que sempre está em movimento, porque precisamos de um "porto seguro"? Porque esta necessidade de sempre buscar "apoio"?
Todos(as) aqueles(as) que me "pediram colo" conheceram um lado terrível meu. Um lado que poderia ser caracterizado como cruel.
Chegam a se afastar.
Mas aí você vai me dizer que Deus descansou no sétimo dia.
E eu concordo. Eu mesmo, tiro meus domingos para não "criar".
Mas como foi este "descanso" de Deus?
-Ele "contemplou" sua obra.
Percebem o significado disso?
Ele não "parou" de fazer coisas. Mas mudou a forma de fazer.
Através desta "contemplação", sua "ação" se deu na forma de pensamentos e reflexão. Acima de tudo, ao descansar, Deus "analisou" e avaliou suas ações.
Há dois ensinamentos básicos nesta questão:
Há registros de que Ele "interagiu" com a sua criação, ou seja, viu que "era assim" e então "fez isto" e este processo é passado como algo natural e "parte do jogo".
Sabemos que Ele sempre se adaptou ao "inesperado", como por exemplo, quando criou um homem e este homem queria uma mulher.
E outro ponto interessante: Ele terminou sua obra antes de descansar.
Este ponto de "terminar" é outro que não damos muito valor.
Há muito o que se pensar sobre estes pontos: Criar, agir muito mais do que ficar parado, adaptar, modificar mediante o inesperado, interagir com o processo, terminar o que começamos, parar, contemplar e analisar e fazer tudo isso com tremenda naturalidade.
Se soubermos refletir sobre estes pontos. Estamos bem próximos de Deus.
Você quer "criar" algo?
Agora mesmo, apenas pensando, você já está criando. E seu pensamento, bom ou mal, suas emoções e sentimentos ditam as regras do que é, foi e será, afinal, "Vós sois deuses".
Falam que ele criou tudo o que existe. Uma verdade irrefutável.
Só me incomoda a utilização do verbo no passado. Deus "criou" tudo o que existe.
Este verbo no passado diminui muito a questão mais importante desta história: Deus CRIA.
Estou aqui pensando em como escrever mais um texto para o blog. Você está aí lendo e Ele está criando, criando.
Uma ação contínua que segue um fluxo inimaginável.
Penso nEle como uma força condensada de onde saem estrelas, galáxias, universos em uma velocidade formidável.
Deus nos mostra, por si, como deveríamos ser e nunca conseguimos.
Estamos parando o tempo todo. Estamos interrompendo nosso fluxo.
Penso nisso quando vejo pessoas em busca de um "porto seguro" ou de um "colo" ou algum "refúgio".
Se estamos em um rio de velocidade imensa, de energia que flui e se expande, de algo que sempre está em movimento, porque precisamos de um "porto seguro"? Porque esta necessidade de sempre buscar "apoio"?
Todos(as) aqueles(as) que me "pediram colo" conheceram um lado terrível meu. Um lado que poderia ser caracterizado como cruel.
Chegam a se afastar.
Mas aí você vai me dizer que Deus descansou no sétimo dia.
E eu concordo. Eu mesmo, tiro meus domingos para não "criar".
Mas como foi este "descanso" de Deus?
-Ele "contemplou" sua obra.
Percebem o significado disso?
Ele não "parou" de fazer coisas. Mas mudou a forma de fazer.
Através desta "contemplação", sua "ação" se deu na forma de pensamentos e reflexão. Acima de tudo, ao descansar, Deus "analisou" e avaliou suas ações.
Há dois ensinamentos básicos nesta questão:
- A relação de Deus com a ação, propriamente dita é 6 para um. Ou seja. "Agiu" 6 vezes mais do que "parou". Trabalhou por um período 6 vezes maior do que seu descanso. E não devemos negligenciar este ponto porque, normalmente fazemos o inverso.
- Utilizou seu descanso para uma forma de "entender" sua ação. Contemplou.
Há registros de que Ele "interagiu" com a sua criação, ou seja, viu que "era assim" e então "fez isto" e este processo é passado como algo natural e "parte do jogo".
Sabemos que Ele sempre se adaptou ao "inesperado", como por exemplo, quando criou um homem e este homem queria uma mulher.
E outro ponto interessante: Ele terminou sua obra antes de descansar.
Este ponto de "terminar" é outro que não damos muito valor.
Há muito o que se pensar sobre estes pontos: Criar, agir muito mais do que ficar parado, adaptar, modificar mediante o inesperado, interagir com o processo, terminar o que começamos, parar, contemplar e analisar e fazer tudo isso com tremenda naturalidade.
Se soubermos refletir sobre estes pontos. Estamos bem próximos de Deus.
Você quer "criar" algo?
Agora mesmo, apenas pensando, você já está criando. E seu pensamento, bom ou mal, suas emoções e sentimentos ditam as regras do que é, foi e será, afinal, "Vós sois deuses".
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Búlin
Sabe aqueles moleques que te batiam na escola?
Aqueles maiores que te humilhavam e zombavam de tudo que pudessem?
Hoje suas atitudes tem grife: BÚLIN.
Eu até me recuso em escrever esta palavra em inglês.
Me recuso até a fazer o trocadilho com "bulinar".
Eu era um moleque gordo-baleia-sapato-sem-meia.
Um menino em que se fazia "bolinho de angú", onde todos gritavam esta frase e pulavam em cima de mim em dezenas, me esmagando com um peso de uns 200kg que me impedia de respirar ou me faziam encher as narinas e a garganta com a poeira do chão, associada a uma aterrorizante sensação claustrofóbica.
Minha mãe me batia, corria atrás de mim e mesmo que eu me escondesse embaixo da cama ela me cutucava com vigor com um cabo de vassoura "-Sai daí moleque e aprende a ter educação com os outros!".
Meu pai, até hoje, só percebe que existo quando tem alguma crítica bem contundente sobre qualquer coisa que faça.
Eu era feio.
Era gordo até demais.
Era desajeitado.
Tinha dois amigos em uma escola de 3000 alunos.
Nenhuma menina olhava pra mim.
Eu era o mais pobre do bairro.
Meus colegas tinham Garelli (uma bicicleta motorizada) e motos de pequeno porte - que andavam sem capacete e sem culpa - e eu uma daquelas bicicletas Monark que dobravam ao meio.
Eles empinavam e andavam em uma roda, caindo e destruindo suas Garellis, eu lustrava e colocava macarrão colorido nas raias da Monark.
Não deveria então me tornar um psicopata?
Não deveria ter matado minha mãe queimada com álcool?
Não era pra ter me tornado bandido, drogado, fascínora, malandro, maldoso, mal caráter?
Não deveria ter distúrbios mentais irreparáveis?
Deveria estar babando em uma camisa de força, xingando todo mundo.
Mas a realidade é outra.
Amo meus pais e conversamos harmoniosamente todos os dias.
Tenho uma boa empresa e uma profissão gratificante.
Não sou mais tão gordo, mas faço eu mesmo as piadas com a minha falta de cabelo.
Meus amigos ricos seguiram caminhos diferentes.
Uns estão mais milionários que seus pais.
Outros morreram em acidentes com suas motos e carros.
Alguns foram presos, outros passaram de clínica em clínica de reabilitação.
A maioria se casou.
A maioria tem filhos como eu.
Nossos filhos estão sendo ridicularizados na escola pelos mais velhos.
Quando eles crescerem vão fazer o que fizemos: ridicularizar os mais novos.
Minha maior lamentação é não ter tido a chance de, quando pequeno, dizer a minha mãe (que é uma das criaturas mais doces que conheço) que iria processá-la por maus tratos.
Me entristece o fato de saber que não poderia ser delinquente e me esconder atrás do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O que equilibra minha tristeza é saber que hoje há crack e mais uma dezena de variedades de drogas cada vez mais letais.
Que ontem a noite uma menina de 12 anos matou com um tiro um senhor de 50 anos.
A pedofilia...Bem, graças a Deus, meus pais não eram tão religiosos e não tive que passar pelas garras de alguns padres que presenteavam meus colegas com balas e doces.
Nossos filhos estão em um mundo pior em alguns aspectos.
Tem mais chances de morrer e mais riscos do que nós.
Mas eu queria ter internet, ipad e smarthfone com 5 anos.
Queria ter todas as facilidades e tranquilidades tecnológicas.
Queria dar ctrl+c ctrl+v para fazer trabalhos escolares.
Queria ter ido a Disney ou viajar de avião pra qualquer lugar que fosse.
Porém há algo que nos une: O Búlin.
Sou a contra, claro. Politicamente correto contra.
Mas recuso a idéia de demonizar o Búlin.
Descobri que, para cortejar meninas, precisava saber todas as matérias para dar aulas particulares no meu quarto e "fiquei" com meninas que não me assumiam publicamente, mas que alguns bonitinhos, mas burros, não conseguiam nem chegar perto.
Descobri que minha bicicleta não motorizada me fazia emagrecer e me tornei ciclista.
Procurei fortalecer meus músculos na academia.
Aprendi técnicas de defesa pessoal.
Se o sou a favor do Búlin?
Já disse que não.
Apenas registro que me tornei menos fraco frente as adversidades.
Aprendi a lidar com chefes babacas.
Aprendi a me impor. Não ter medo de elevadores.
Consegui escrever livros e ter gosto pela leitura.
Aprendi o valor de ter tido pais que não me "largaram no mundo". Ao contrário, se preocuparam 100% com minha educação e com o que estava fazendo da minha vida.
Vejo que tudo o que me trazia sofrimento forjou minha vitória hoje, aos 41.
Aprendi valores, princípios e entendi que no mundo existem pessoas boas e más.
Aprendi também a diferenciar umas das outras e saber de qual lado devo estar.
Você não vai querer me perguntar novamente se sou a favor do Búlin né?
Já disse que não.
Mas não nego que tenho tido bem mais trabalho em educar meus filhos e mostrar a eles a vida como ela é.
Aqueles maiores que te humilhavam e zombavam de tudo que pudessem?
Hoje suas atitudes tem grife: BÚLIN.
Eu até me recuso em escrever esta palavra em inglês.
Me recuso até a fazer o trocadilho com "bulinar".
Eu era um moleque gordo-baleia-sapato-sem-meia.
Um menino em que se fazia "bolinho de angú", onde todos gritavam esta frase e pulavam em cima de mim em dezenas, me esmagando com um peso de uns 200kg que me impedia de respirar ou me faziam encher as narinas e a garganta com a poeira do chão, associada a uma aterrorizante sensação claustrofóbica.
Minha mãe me batia, corria atrás de mim e mesmo que eu me escondesse embaixo da cama ela me cutucava com vigor com um cabo de vassoura "-Sai daí moleque e aprende a ter educação com os outros!".
Meu pai, até hoje, só percebe que existo quando tem alguma crítica bem contundente sobre qualquer coisa que faça.
Eu era feio.
Era gordo até demais.
Era desajeitado.
Tinha dois amigos em uma escola de 3000 alunos.
Nenhuma menina olhava pra mim.
Eu era o mais pobre do bairro.
Meus colegas tinham Garelli (uma bicicleta motorizada) e motos de pequeno porte - que andavam sem capacete e sem culpa - e eu uma daquelas bicicletas Monark que dobravam ao meio.
Eles empinavam e andavam em uma roda, caindo e destruindo suas Garellis, eu lustrava e colocava macarrão colorido nas raias da Monark.
Não deveria então me tornar um psicopata?
Não deveria ter matado minha mãe queimada com álcool?
Não era pra ter me tornado bandido, drogado, fascínora, malandro, maldoso, mal caráter?
Não deveria ter distúrbios mentais irreparáveis?
Deveria estar babando em uma camisa de força, xingando todo mundo.
Mas a realidade é outra.
Amo meus pais e conversamos harmoniosamente todos os dias.
Tenho uma boa empresa e uma profissão gratificante.
Não sou mais tão gordo, mas faço eu mesmo as piadas com a minha falta de cabelo.
Meus amigos ricos seguiram caminhos diferentes.
Uns estão mais milionários que seus pais.
Outros morreram em acidentes com suas motos e carros.
Alguns foram presos, outros passaram de clínica em clínica de reabilitação.
A maioria se casou.
A maioria tem filhos como eu.
Nossos filhos estão sendo ridicularizados na escola pelos mais velhos.
Quando eles crescerem vão fazer o que fizemos: ridicularizar os mais novos.
Minha maior lamentação é não ter tido a chance de, quando pequeno, dizer a minha mãe (que é uma das criaturas mais doces que conheço) que iria processá-la por maus tratos.
Me entristece o fato de saber que não poderia ser delinquente e me esconder atrás do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O que equilibra minha tristeza é saber que hoje há crack e mais uma dezena de variedades de drogas cada vez mais letais.
Que ontem a noite uma menina de 12 anos matou com um tiro um senhor de 50 anos.
A pedofilia...Bem, graças a Deus, meus pais não eram tão religiosos e não tive que passar pelas garras de alguns padres que presenteavam meus colegas com balas e doces.
Nossos filhos estão em um mundo pior em alguns aspectos.
Tem mais chances de morrer e mais riscos do que nós.
Mas eu queria ter internet, ipad e smarthfone com 5 anos.
Queria ter todas as facilidades e tranquilidades tecnológicas.
Queria dar ctrl+c ctrl+v para fazer trabalhos escolares.
Queria ter ido a Disney ou viajar de avião pra qualquer lugar que fosse.
Porém há algo que nos une: O Búlin.
Sou a contra, claro. Politicamente correto contra.
Mas recuso a idéia de demonizar o Búlin.
Descobri que, para cortejar meninas, precisava saber todas as matérias para dar aulas particulares no meu quarto e "fiquei" com meninas que não me assumiam publicamente, mas que alguns bonitinhos, mas burros, não conseguiam nem chegar perto.
Descobri que minha bicicleta não motorizada me fazia emagrecer e me tornei ciclista.
Procurei fortalecer meus músculos na academia.
Aprendi técnicas de defesa pessoal.
Se o sou a favor do Búlin?
Já disse que não.
Apenas registro que me tornei menos fraco frente as adversidades.
Aprendi a lidar com chefes babacas.
Aprendi a me impor. Não ter medo de elevadores.
Consegui escrever livros e ter gosto pela leitura.
Aprendi o valor de ter tido pais que não me "largaram no mundo". Ao contrário, se preocuparam 100% com minha educação e com o que estava fazendo da minha vida.
Vejo que tudo o que me trazia sofrimento forjou minha vitória hoje, aos 41.
Aprendi valores, princípios e entendi que no mundo existem pessoas boas e más.
Aprendi também a diferenciar umas das outras e saber de qual lado devo estar.
Você não vai querer me perguntar novamente se sou a favor do Búlin né?
Já disse que não.
Mas não nego que tenho tido bem mais trabalho em educar meus filhos e mostrar a eles a vida como ela é.
Pondé: O pessimista e sua felicidade em ser infeliz
Eu estou pensando que talvez tenha gostado do novo livro de Luiz Felipe Pondé ("Contra um mundo melhor").
Logo nas primeiras páginas dei risadas que se ouviam da rua e depois, mesmo as risadas se arrefecendo em alguns pontos e voltando a carga em outros, minha conclusão até aqui é que o livro é, apesar de não explicitamente proposto, uma grande piada que deve ser levada a serio.
Pondé quer ser Nelson Rodrigues e Nietzsche, Santo Agostinho e Freud e um monte de autores da linha filosófico-intelectual-citados-nas-conversas-de-bar.
Isso não o diminui.
Na sua busca por tirar um estrato pessoal do pessimismo de cada um, somos contemplados com uma nova idéia que os transcende em alguns aspectos, mesmo que os diminua em outros.
Me identifiquei.
Acabo de oferecer à minha irmã dois livros antagônicos sobre um mesmo assunto.
A primeira pergunta dela foi: "Isso não vai confundir minha cabeça?"
Eu disse que não, porque "apresentaria dois lados de um mesmo assunto" e ela poderia "tirar sua própria conclusão".
Mal sabe ela que o eu queria mesmo era confundi-la.
A confusão é sublime.
A dúvida é sublime.
O pessimismo e o destempero, seus "irmãos-caim".
Nós não temos idéia do quanto é formidável estar profundamente confuso e com um monte de dúvidas.
Pondé é bom pra quem quer se confundir.
Portanto é um veneno mortal para a humanidade.
Professor, filósofo e psicanalista (e careca - o que o faz, até fisicamente, um "proto-alter ego" meu).
É um cara que cospe em você.
Fala na primeira pessoa e sempre está com o dedo em riste dizendo: Você é um bosta! Você é uma merda boiando no Rio Tietê!
A gente sorri, como quem pensa ser uma brincadeira.
Como um menino que acaba de perceber que tem que usar óculos e é chamado de quatro olhos na escola.
São tapas na cara e chutes no saco (porque as mulheres nunca entendem o significado de um chute no saco?).
Isso me traz profundo contentamento (desde que não seja o meu saco).
Quando fala sobre as "Mentiras da Pós-modernidade", o "Fetiche da Felicidade" e o status quo social completamente hipócrita em que estamos inseridos ele me torna uma pessoa menos solitária.
Aliás, este é um ponto negativo: Pondé me tirou da solidão.
Não esta solidão do "senso comum".
Minha solidão não é em relação a companhia de pessoas: sou cercado de amigos, inimigos, parentes e mulheres (como um bom quarentão solteiro com algum dinheiro e carro zero).
Falo da solidão que nos faz ouvir uma música ruim, tocada por músicos ruins e dar valor nisso só porque ninguém conhece.
A mesma solidão de ler um escritor bunda, mas que é "cult" (não me refiro a Pondé. Nem a sua bunda)...
Todo o movimento ("termo-grife"= cena) underground ou cult é uma busca pela solidão e isolamento.
Dizem que é uma busca pela identidade.
Mas é por isolamento mesmo.
Pela ilusão narcísica do abandono onde não encontramos ninguém além do pálido reflexo do umbigo.
Queremos estar sozinhos na barriga da nossa mãe, ou pendurados em seu peito - porque o resto não nos importa (Gikovate e Lakan iriam adorar isso).
E agora, vem este babaca e me diz nitidamente e com todas e mais algumas letras que não estou sozinho.
Ia elogiá-lo, mas prefiro pichar seu trabalho por me tirar da solidão e da ilusão.
Ia aclamá-lo como gênio mas, seria o mesmo que subir alguns degraus pessoais na minha identificação: Ele fala com minha boca, escreve com minhas mãos.
Por isso, desde já a raiva junguiana ou Frommiana calcada no maldito "Inconsciente coletivo ou social" ou a "sincronicidade" apócrifa do primeiro que traduzo na mais pura e venenosa inveja.
Como pode alguém escrever tudo o que quero e não consigo?
Nada mais apropriado do que odiar Luiz Felipe Pondé...
Espero que isso mude até o final da leitura do livro.
Mas não estou muito otimista quanto a isso.
Logo nas primeiras páginas dei risadas que se ouviam da rua e depois, mesmo as risadas se arrefecendo em alguns pontos e voltando a carga em outros, minha conclusão até aqui é que o livro é, apesar de não explicitamente proposto, uma grande piada que deve ser levada a serio.
Pondé quer ser Nelson Rodrigues e Nietzsche, Santo Agostinho e Freud e um monte de autores da linha filosófico-intelectual-citados-nas-conversas-de-bar.
Isso não o diminui.
Na sua busca por tirar um estrato pessoal do pessimismo de cada um, somos contemplados com uma nova idéia que os transcende em alguns aspectos, mesmo que os diminua em outros.
Me identifiquei.
Acabo de oferecer à minha irmã dois livros antagônicos sobre um mesmo assunto.
A primeira pergunta dela foi: "Isso não vai confundir minha cabeça?"
Eu disse que não, porque "apresentaria dois lados de um mesmo assunto" e ela poderia "tirar sua própria conclusão".
Mal sabe ela que o eu queria mesmo era confundi-la.
A confusão é sublime.
A dúvida é sublime.
O pessimismo e o destempero, seus "irmãos-caim".
Nós não temos idéia do quanto é formidável estar profundamente confuso e com um monte de dúvidas.
Pondé é bom pra quem quer se confundir.
Portanto é um veneno mortal para a humanidade.
Professor, filósofo e psicanalista (e careca - o que o faz, até fisicamente, um "proto-alter ego" meu).
É um cara que cospe em você.
Fala na primeira pessoa e sempre está com o dedo em riste dizendo: Você é um bosta! Você é uma merda boiando no Rio Tietê!
A gente sorri, como quem pensa ser uma brincadeira.
Como um menino que acaba de perceber que tem que usar óculos e é chamado de quatro olhos na escola.
São tapas na cara e chutes no saco (porque as mulheres nunca entendem o significado de um chute no saco?).
Isso me traz profundo contentamento (desde que não seja o meu saco).
Quando fala sobre as "Mentiras da Pós-modernidade", o "Fetiche da Felicidade" e o status quo social completamente hipócrita em que estamos inseridos ele me torna uma pessoa menos solitária.
Aliás, este é um ponto negativo: Pondé me tirou da solidão.
Não esta solidão do "senso comum".
Minha solidão não é em relação a companhia de pessoas: sou cercado de amigos, inimigos, parentes e mulheres (como um bom quarentão solteiro com algum dinheiro e carro zero).
Falo da solidão que nos faz ouvir uma música ruim, tocada por músicos ruins e dar valor nisso só porque ninguém conhece.
A mesma solidão de ler um escritor bunda, mas que é "cult" (não me refiro a Pondé. Nem a sua bunda)...
Todo o movimento ("termo-grife"= cena) underground ou cult é uma busca pela solidão e isolamento.
Dizem que é uma busca pela identidade.
Mas é por isolamento mesmo.
Pela ilusão narcísica do abandono onde não encontramos ninguém além do pálido reflexo do umbigo.
Queremos estar sozinhos na barriga da nossa mãe, ou pendurados em seu peito - porque o resto não nos importa (Gikovate e Lakan iriam adorar isso).
E agora, vem este babaca e me diz nitidamente e com todas e mais algumas letras que não estou sozinho.
Ia elogiá-lo, mas prefiro pichar seu trabalho por me tirar da solidão e da ilusão.
Ia aclamá-lo como gênio mas, seria o mesmo que subir alguns degraus pessoais na minha identificação: Ele fala com minha boca, escreve com minhas mãos.
Por isso, desde já a raiva junguiana ou Frommiana calcada no maldito "Inconsciente coletivo ou social" ou a "sincronicidade" apócrifa do primeiro que traduzo na mais pura e venenosa inveja.
Como pode alguém escrever tudo o que quero e não consigo?
Nada mais apropriado do que odiar Luiz Felipe Pondé...
Espero que isso mude até o final da leitura do livro.
Mas não estou muito otimista quanto a isso.
sábado, 29 de outubro de 2011
A "força" e sua fluidez
Hoje há milhares de textos anti-Deus que pululam na net e nos livros.
Fala-se à exaustão sobre o domínio pelo medo, o quanto a religião é nociva e movida pela pura superstição.
As pessoas até confundem a "Idade das Trevas" - que ocorreu entre os anos 1.200 e 800 a.C. com a Idade média (entre o século V e XV) em seu período renascentista que antecedeu ao iluminismo, onde havia a "caça às bruxas" e a inquisição.
Há a crítica sobre o "Deus do Antigo testamento" acusado de "arrogante, mesquinho, homofóbico, genocida, assassino, tirano, cruel" e outros adjetivos pejorativos, como vi recentemente em uma mensagem.
Eu prefiro continuar a partir daqui.
Há tanta repetição e cópia na net que a gente nem sabe mais "o que é de quem" ou "quem falou o que", aliás, as pessoas nem se interessam mais por isso. Basta que concordem, mesmo de maneira superficial sobre algo, que tudo se torna uma "verdade universal".
Hoje, o poder da igreja sobre o estado foi trocado pelo poder do dinheiro sobre os políticos ladrões e corruptos. Não há medo em quem fuma crack ou se envolve na criminalidade e clandestinidade. As superstições tem novo nome: TOC e há "tratamento" e diagnóstico para tal.
Ninguém se dá conta de que há algo implícito neste discurso repetitivo. Quando alguns ateus e reacionários misturam Deus com religião, superstição, medo e falsas idéias, estão fazendo o mesmo que os "fanáticos religiosos". Se tornam iguais em atitude e pensamento, apesar de aparentemente conflitantes nas idéias e propostas.
Vamos falar de algo maior que as religiões, superstições, etc.
Algo que só falam para benefício próprio (portanto de forma distorcida). Falemos sobre ESPIRITUALIDADE.
Há uma fonte infinita dentro de nós. Algo que flui. Nós recebemos, passa por nós e se vai. Nós também "emitimos" e interagimos, deixando um pouco de "nós" no que se vai.
Se tentarmos represar esta "força" ela rompe as barragens, se tentarmos contê-la ela vai apenas se desviar e seguirá adiante porque sua natureza maior está contida na fluidez.
Esta força de magnitude incomparável e de fluência infinita é nossa espiritualidade.
Que é uma forma pessoal, íntima e sempre individual de nos conectarmos a Deus, mas que faz parte de nossa composição tanto quanto os dedos das mãos e pés.
Enquanto estamos preocupados em pedir para que Ele cure nossa dor de cabeça ele está criando, modificando e permitindo o nascimento e a morte a qual chamo de "Renovação Perene". Enquanto preocupamos com a conta de luz que vai vencer, Ele está criando estrelas, galáxias, cometas que passam triscando nosso planeta (mais perto do que a distância da lua).
Por intermédio dEle, tudo está se movendo e se transformando.
Enquanto nós, muitas vezes, estamos perdidos na masturbação filosófica, nas acusações repetidas e datadas.
A força que nos move viaja há milhares e milhares de anos-luz. Como um super-neutrino incapaz de ser detido.
Quer se desconectar dela?
Não se preocupe. "Seu desejo será uma ordem".
Morrerá ou se transformará em um meio-humano.
Basta que resista, basta que queira trancar ou barrar sua espiritulidade.
Quer acorrentá-la?
Não há grilhões para ela.
Toda vez que a espiritualidade encontra uma resistência, ela se desvia e segue adiante.
É por isso que não mais vou acorrentar a minha espiritualidade a nada: nenhum "mestre, guru, religião, seita, filosofia, etc.
Quero permitir que esta fonte passe por mim para beber dela sempre, a qualquer minuto ou segundo.
Porque basta querer enclausurá-la para ela não estar mais aqui.
Ela é como água de rio.
Se quer renová-la tem que permitir que flua.
Caso contrário, por mais fundo que cave seu poço, não mais será um rio, não mais fluirá.
Será uma água parada.
Pode até ser ela reflita seu rosto.
Mas com o tempo, irá perceber que esta água se torna suja, fétida e morta.
Seu rosto continuará sendo refletido, mas não verá mais nada além dele.
Permita que sua força flua e verá que tudo o que está aqui, em segundos se foi e novos momentos surgirão, novas oportunidades e chances aparecerão e sua aparente solidão de observador será recompensada pela imensidão do fluxo que nos observa constantemente, mas que não possui tempo para se prender a nada. Porque a vida segue. E deixá-la seguir não é só um exemplo de desprendimento e desapego, mas, acima de tudo, compreensão de como ela realmente se manifesta.
Fala-se à exaustão sobre o domínio pelo medo, o quanto a religião é nociva e movida pela pura superstição.
As pessoas até confundem a "Idade das Trevas" - que ocorreu entre os anos 1.200 e 800 a.C. com a Idade média (entre o século V e XV) em seu período renascentista que antecedeu ao iluminismo, onde havia a "caça às bruxas" e a inquisição.
Há a crítica sobre o "Deus do Antigo testamento" acusado de "arrogante, mesquinho, homofóbico, genocida, assassino, tirano, cruel" e outros adjetivos pejorativos, como vi recentemente em uma mensagem.
Eu prefiro continuar a partir daqui.
Há tanta repetição e cópia na net que a gente nem sabe mais "o que é de quem" ou "quem falou o que", aliás, as pessoas nem se interessam mais por isso. Basta que concordem, mesmo de maneira superficial sobre algo, que tudo se torna uma "verdade universal".
Hoje, o poder da igreja sobre o estado foi trocado pelo poder do dinheiro sobre os políticos ladrões e corruptos. Não há medo em quem fuma crack ou se envolve na criminalidade e clandestinidade. As superstições tem novo nome: TOC e há "tratamento" e diagnóstico para tal.
Ninguém se dá conta de que há algo implícito neste discurso repetitivo. Quando alguns ateus e reacionários misturam Deus com religião, superstição, medo e falsas idéias, estão fazendo o mesmo que os "fanáticos religiosos". Se tornam iguais em atitude e pensamento, apesar de aparentemente conflitantes nas idéias e propostas.
Vamos falar de algo maior que as religiões, superstições, etc.
Algo que só falam para benefício próprio (portanto de forma distorcida). Falemos sobre ESPIRITUALIDADE.
Há uma fonte infinita dentro de nós. Algo que flui. Nós recebemos, passa por nós e se vai. Nós também "emitimos" e interagimos, deixando um pouco de "nós" no que se vai.
Se tentarmos represar esta "força" ela rompe as barragens, se tentarmos contê-la ela vai apenas se desviar e seguirá adiante porque sua natureza maior está contida na fluidez.
Esta força de magnitude incomparável e de fluência infinita é nossa espiritualidade.
Que é uma forma pessoal, íntima e sempre individual de nos conectarmos a Deus, mas que faz parte de nossa composição tanto quanto os dedos das mãos e pés.
Enquanto estamos preocupados em pedir para que Ele cure nossa dor de cabeça ele está criando, modificando e permitindo o nascimento e a morte a qual chamo de "Renovação Perene". Enquanto preocupamos com a conta de luz que vai vencer, Ele está criando estrelas, galáxias, cometas que passam triscando nosso planeta (mais perto do que a distância da lua).
Por intermédio dEle, tudo está se movendo e se transformando.
Enquanto nós, muitas vezes, estamos perdidos na masturbação filosófica, nas acusações repetidas e datadas.
A força que nos move viaja há milhares e milhares de anos-luz. Como um super-neutrino incapaz de ser detido.
Quer se desconectar dela?
Não se preocupe. "Seu desejo será uma ordem".
Morrerá ou se transformará em um meio-humano.
Basta que resista, basta que queira trancar ou barrar sua espiritulidade.
Quer acorrentá-la?
Não há grilhões para ela.
Toda vez que a espiritualidade encontra uma resistência, ela se desvia e segue adiante.
É por isso que não mais vou acorrentar a minha espiritualidade a nada: nenhum "mestre, guru, religião, seita, filosofia, etc.
Quero permitir que esta fonte passe por mim para beber dela sempre, a qualquer minuto ou segundo.
Porque basta querer enclausurá-la para ela não estar mais aqui.
Ela é como água de rio.
Se quer renová-la tem que permitir que flua.
Caso contrário, por mais fundo que cave seu poço, não mais será um rio, não mais fluirá.
Será uma água parada.
Pode até ser ela reflita seu rosto.
Mas com o tempo, irá perceber que esta água se torna suja, fétida e morta.
Seu rosto continuará sendo refletido, mas não verá mais nada além dele.
Permita que sua força flua e verá que tudo o que está aqui, em segundos se foi e novos momentos surgirão, novas oportunidades e chances aparecerão e sua aparente solidão de observador será recompensada pela imensidão do fluxo que nos observa constantemente, mas que não possui tempo para se prender a nada. Porque a vida segue. E deixá-la seguir não é só um exemplo de desprendimento e desapego, mas, acima de tudo, compreensão de como ela realmente se manifesta.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Eu bati na porta de Deus e ele abriu!!!!
Descobri há pouco tempo o significado da frase "Nunca podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo".
Eu tinha uma visão mais "elástica" sobre isso.
Me incomodam os radicalismos e a unilateralidade.
Me chateia o totalitarismo.
Não me "converti" a nenhuma religião.
Creio ser isso, quase impossível.
Ao menos neste momento.
Mas comecei a entender o prisma do "cachorro de dois donos morre de fome".
Cheguei a um ponto que, em alguns casos, só o tempo nos dá respostas.
Lí em algum lugar (quem souber me lembre) que "O tempo é o maior dos mestres, mas acaba matando todos os seus discípulos".
Aliás, a palavra "mestre" vem sendo prostituída.
-Nascemos em um país 80% cristão ao acaso?
Não acredito.
Por isso, principalmente dentro de nossa concepção cultural, Mestre mesmo, ao menos para nós, é Jesus Cristo.
Sim, ele é único.
É a fonte.
Continuo considerando Buda, Osho, Maomé, Zaratustra, Confúcio, Yogananda e outros "mestres", inclusive os ascensionados.
Como venho da escola teosófica, aprendi a entender esta pluralidade.
Mas me intrigava ver Alice Bailey falando sobre a "volta do cristo".
Me soava estranho ver uma das grandes professoras espirituais de todos os tempos - em um "nível" de HPB e outros(as) - falando sobre isso.
Passei anos relegando tudo o que envolvia o nome de Jesus ao pântano do fanatismo e da ignorância.
Qual foi minha surpresa ao olhar para meus pés.
Sim, era EU quem estava neste pântano.
Hoje, mais renovado por esta força que obtive em forma de bençãos, clareza mental e "revelações", vejo o quanto perdi tempo com preconceitos e auto-engano.
Estou mais forte.
O esforço para sair do lamaçal é grande.
Primeiro pela urgência que temos em função do desespero em saber que estamos em meio a imundície, segundo porque a lama é grudenta, pegajosa, te puxa e suga, não quer que ande a passos largos.
Entendo agora que o mundo é para os corajosos.
Aqueles que sempre agiram com medo ou covardia nunca ganharam nada além de desprezo, aliás, nem sequer "agem".
Me fortaleci na coragem.
Não no desejo, mas na meta.
"Desejo" é algo que está acima de nós, "meta" é algo a conquistar.
Minhas orações são de bençãos a todos que me ensinaram.
Tanto aqueles que ensinaram pelo amor, quanto pela dor.
Minha maior prece é para não ter que esperar tanto para aprender.
Tenho alguns trunfos: Não tenho rancores, raiva, ódio e coisas do gênero.
Isso ajuda a me limpar da lama.
Tenho outro: A gratidão, que me fará sentir o cheiro fétido da lama se me aproximar novamente dela.
Não me cabe o poder de Juiz ou Rei que, do alto do seu trono, diz: "eu perdôo este", "eu perdôo aquele".
Quando não há mágoa e rancores, não há necessidade de perdoar.
Inundei meu coração de gratidão.
É muito mais fácil e rápido, bem menos egoísta e egocêntrico e mais objetivo.
Não me cabe pedir ou esperar pelo perdão do outro.
Não me cabe cuidar do outro.
Claro, a não ser que este outro seja, por exemplo, minha filha de dez anos.
Minha consciência vale mais que mil palavras e atitudes.
Mesmo assim fiz a "minha parte" por meio de "atitudes".
E, com isso, não fiquei escravo dos meus próprios pensamentos e ilusões ou, pior, do pensamento de terceiros.
Minha companheira de sempre, a dona Verdade sempre foi minha maior aliada.
Só me faltava tranquilidade e paz.
O desespero de ver de perto o lamaçal, de tentar sair a todo custo, de ter certeza de que estava no lugar errado passou.
Não estou mais ofegante, não estou mais tão sujo.
Minha alma, ao menos, já está bem mais limpa.
E agora, limpando a lama dos olhos, posso ver com muito mais clareza tudo e todos que me cercavam.
Ver quem realmente sou e quem estava junto comigo lá. Na lama. Vieram os "porquês" e a verdade me presenciou com sua virtude.
Tenho muita compaixão, mas não me sinto motivado mais a voltar onde estava para tentar tirar quem insiste em não olhar para seus próprios pés.
Guardo dentro do meu coração as as melhores lembranças do mundo.
E uma lição muito importante: nem tudo é lama no pântano.
Há flores lindas que só conseguem nascer lá.
Elas nos dão alento, esperança.
Além daquela certeza de que só quem esteve lá é que pôde vê-las de perto.
Ainda há muito o que se fazer, mas a sensação de estar limpo é algo sem explicação.
Tenho muito o que compartilhar e muito mais a servir.
As flores solitárias do pântano eu deixo lá.
Estou indo para o campo, onde há infinitas espécies delas, em muitas variedades e em muito maior quantidade e qualidades e agradeço a Deus por me presentear com esta brisa suave e perfumada da vitória.
Só Ele sabe que sempre tive vocação para ser limpo.
Eu tinha uma visão mais "elástica" sobre isso.
Me incomodam os radicalismos e a unilateralidade.
Me chateia o totalitarismo.
Não me "converti" a nenhuma religião.
Creio ser isso, quase impossível.
Ao menos neste momento.
Mas comecei a entender o prisma do "cachorro de dois donos morre de fome".
Cheguei a um ponto que, em alguns casos, só o tempo nos dá respostas.
Lí em algum lugar (quem souber me lembre) que "O tempo é o maior dos mestres, mas acaba matando todos os seus discípulos".
Aliás, a palavra "mestre" vem sendo prostituída.
-Nascemos em um país 80% cristão ao acaso?
Não acredito.
Por isso, principalmente dentro de nossa concepção cultural, Mestre mesmo, ao menos para nós, é Jesus Cristo.
Sim, ele é único.
É a fonte.
Continuo considerando Buda, Osho, Maomé, Zaratustra, Confúcio, Yogananda e outros "mestres", inclusive os ascensionados.
Como venho da escola teosófica, aprendi a entender esta pluralidade.
Mas me intrigava ver Alice Bailey falando sobre a "volta do cristo".
Me soava estranho ver uma das grandes professoras espirituais de todos os tempos - em um "nível" de HPB e outros(as) - falando sobre isso.
Passei anos relegando tudo o que envolvia o nome de Jesus ao pântano do fanatismo e da ignorância.
Qual foi minha surpresa ao olhar para meus pés.
Sim, era EU quem estava neste pântano.
Hoje, mais renovado por esta força que obtive em forma de bençãos, clareza mental e "revelações", vejo o quanto perdi tempo com preconceitos e auto-engano.
Estou mais forte.
O esforço para sair do lamaçal é grande.
Primeiro pela urgência que temos em função do desespero em saber que estamos em meio a imundície, segundo porque a lama é grudenta, pegajosa, te puxa e suga, não quer que ande a passos largos.
Entendo agora que o mundo é para os corajosos.
Aqueles que sempre agiram com medo ou covardia nunca ganharam nada além de desprezo, aliás, nem sequer "agem".
Me fortaleci na coragem.
Não no desejo, mas na meta.
"Desejo" é algo que está acima de nós, "meta" é algo a conquistar.
Minhas orações são de bençãos a todos que me ensinaram.
Tanto aqueles que ensinaram pelo amor, quanto pela dor.
Minha maior prece é para não ter que esperar tanto para aprender.
Tenho alguns trunfos: Não tenho rancores, raiva, ódio e coisas do gênero.
Isso ajuda a me limpar da lama.
Tenho outro: A gratidão, que me fará sentir o cheiro fétido da lama se me aproximar novamente dela.
Não me cabe o poder de Juiz ou Rei que, do alto do seu trono, diz: "eu perdôo este", "eu perdôo aquele".
Quando não há mágoa e rancores, não há necessidade de perdoar.
Inundei meu coração de gratidão.
É muito mais fácil e rápido, bem menos egoísta e egocêntrico e mais objetivo.
Não me cabe pedir ou esperar pelo perdão do outro.
Não me cabe cuidar do outro.
Claro, a não ser que este outro seja, por exemplo, minha filha de dez anos.
Minha consciência vale mais que mil palavras e atitudes.
Mesmo assim fiz a "minha parte" por meio de "atitudes".
E, com isso, não fiquei escravo dos meus próprios pensamentos e ilusões ou, pior, do pensamento de terceiros.
Minha companheira de sempre, a dona Verdade sempre foi minha maior aliada.
Só me faltava tranquilidade e paz.
O desespero de ver de perto o lamaçal, de tentar sair a todo custo, de ter certeza de que estava no lugar errado passou.
Não estou mais ofegante, não estou mais tão sujo.
Minha alma, ao menos, já está bem mais limpa.
E agora, limpando a lama dos olhos, posso ver com muito mais clareza tudo e todos que me cercavam.
Ver quem realmente sou e quem estava junto comigo lá. Na lama. Vieram os "porquês" e a verdade me presenciou com sua virtude.
Tenho muita compaixão, mas não me sinto motivado mais a voltar onde estava para tentar tirar quem insiste em não olhar para seus próprios pés.
Guardo dentro do meu coração as as melhores lembranças do mundo.
E uma lição muito importante: nem tudo é lama no pântano.
Há flores lindas que só conseguem nascer lá.
Elas nos dão alento, esperança.
Além daquela certeza de que só quem esteve lá é que pôde vê-las de perto.
Ainda há muito o que se fazer, mas a sensação de estar limpo é algo sem explicação.
Tenho muito o que compartilhar e muito mais a servir.
As flores solitárias do pântano eu deixo lá.
Estou indo para o campo, onde há infinitas espécies delas, em muitas variedades e em muito maior quantidade e qualidades e agradeço a Deus por me presentear com esta brisa suave e perfumada da vitória.
Só Ele sabe que sempre tive vocação para ser limpo.
Quase 17 meses depois!!!
Sabe o que mais me motiva a escrever em blogs, twitter, Orkut, Facebook e afins?
A absoluta falta do que fazer!!!
E também o fato de focar minha atenção em demasia no dia a dia, noite a noite, tarde a tarde...
Eu estou feliz agora.
Demorou um pouco, mas estou de volta.
Nem sei o que falar.
Só me motiva escrever.
Nem sei quem vai ler, aliás, se vc está lendo isso, parabéns!!!
É a primeira vez que lê algo que nem quem escreve sabe o que será dito.
Só tenho sorrisos e gratidão.
Mas posso falar de Deus que é algo que tem tomado conta da minha vida.
Por isso.
Fique o dito pelo não dito e falemos de DEUS!
A absoluta falta do que fazer!!!
E também o fato de focar minha atenção em demasia no dia a dia, noite a noite, tarde a tarde...
Eu estou feliz agora.
Demorou um pouco, mas estou de volta.
Nem sei o que falar.
Só me motiva escrever.
Nem sei quem vai ler, aliás, se vc está lendo isso, parabéns!!!
É a primeira vez que lê algo que nem quem escreve sabe o que será dito.
Só tenho sorrisos e gratidão.
Mas posso falar de Deus que é algo que tem tomado conta da minha vida.
Por isso.
Fique o dito pelo não dito e falemos de DEUS!
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