sábado, 29 de outubro de 2011

A "força" e sua fluidez

Hoje há milhares de textos anti-Deus que pululam na net e nos livros.
Fala-se à exaustão sobre o domínio pelo medo, o quanto a religião é nociva e movida pela pura superstição.
As pessoas até confundem a "Idade das Trevas" - que ocorreu entre os anos 1.200 e 800 a.C. com a Idade média (entre o século V e XV) em seu período renascentista que antecedeu ao iluminismo, onde havia a "caça às bruxas" e a inquisição.
Há a crítica sobre o "Deus do Antigo testamento" acusado de "arrogante, mesquinho, homofóbico, genocida, assassino, tirano, cruel" e outros adjetivos pejorativos, como vi recentemente em uma mensagem.

Eu prefiro continuar a partir daqui.
Há tanta repetição e cópia na net que a gente nem sabe mais "o que é de quem" ou "quem falou o que", aliás, as pessoas nem se interessam mais por isso. Basta que concordem, mesmo de maneira superficial sobre algo, que tudo se torna uma "verdade universal".

Hoje, o poder da igreja sobre o estado foi trocado pelo poder do dinheiro sobre os políticos ladrões e corruptos. Não há medo em quem fuma crack ou se envolve na criminalidade e clandestinidade. As superstições tem novo nome: TOC e há "tratamento" e diagnóstico para tal.

Ninguém se dá conta de que há algo implícito neste discurso repetitivo. Quando alguns ateus e reacionários misturam Deus com religião, superstição, medo e falsas idéias, estão fazendo o mesmo que os "fanáticos religiosos". Se tornam iguais em atitude e pensamento, apesar de aparentemente conflitantes nas idéias e propostas.

Vamos falar de algo maior que as religiões, superstições, etc.
Algo que só falam para benefício próprio (portanto de forma distorcida). Falemos sobre ESPIRITUALIDADE.

Há uma fonte infinita dentro de nós. Algo que flui. Nós recebemos, passa por nós e se vai. Nós também "emitimos" e interagimos, deixando um pouco de "nós" no que se vai.
Se tentarmos represar esta "força" ela rompe as barragens, se tentarmos contê-la ela vai apenas se desviar e seguirá adiante porque sua natureza maior está contida na fluidez.

Esta força de magnitude incomparável e de fluência infinita é nossa espiritualidade.
Que é uma forma pessoal, íntima e sempre individual de nos conectarmos a Deus, mas que faz parte de nossa composição tanto quanto os dedos das mãos e pés.

Enquanto estamos preocupados em pedir para que Ele cure nossa dor de cabeça ele está criando, modificando e permitindo o nascimento e a morte a qual chamo de "Renovação Perene". Enquanto preocupamos com a conta de luz que vai vencer, Ele está criando estrelas, galáxias, cometas que passam triscando nosso planeta (mais perto do que a distância da lua).

Por intermédio dEle, tudo está se movendo e se transformando.
Enquanto nós, muitas vezes, estamos perdidos na masturbação filosófica, nas acusações repetidas e datadas.

A força que nos move viaja há milhares e milhares de anos-luz. Como um super-neutrino incapaz de ser detido.

Quer se desconectar dela?
Não se preocupe. "Seu desejo será uma ordem".
Morrerá ou se transformará em um meio-humano.

Basta que resista, basta que queira trancar ou barrar sua espiritulidade.
Quer acorrentá-la?
Não há grilhões para ela.
Toda vez que a espiritualidade encontra uma resistência, ela se desvia e segue adiante.

É por isso que não mais vou acorrentar a minha espiritualidade a nada: nenhum "mestre, guru, religião, seita, filosofia, etc.

Quero permitir que esta fonte passe por mim para beber dela sempre, a qualquer minuto ou segundo.
Porque basta querer enclausurá-la para ela não estar mais aqui.
Ela é como água de rio.
Se quer renová-la tem que permitir que flua.

Caso contrário, por mais fundo que cave seu poço, não mais será um rio, não mais fluirá.
Será uma água parada.

Pode até ser ela reflita seu rosto.
Mas com o tempo, irá perceber que esta água se torna suja, fétida e morta.
Seu rosto continuará sendo refletido, mas não verá mais nada além dele.

Permita que sua força flua e verá que tudo o que está aqui, em segundos se foi e novos momentos surgirão, novas oportunidades e chances aparecerão e sua aparente solidão de observador será recompensada pela imensidão do fluxo que nos observa constantemente, mas que não possui tempo para se prender a nada. Porque a vida segue. E deixá-la seguir não é só um exemplo de desprendimento e desapego, mas, acima de tudo, compreensão de como ela realmente se manifesta.

2 comentários:

Apreciadores gastronomicos disse...

Os meus neutrinos estão em colapso rsrs

Anônimo disse...

Os meus neutrinos estão em colapso...rs