Acabo de ler o livro de Phillip Hill.
As observações:
É um livro simples e curto. Li-o inteiro em dois dias.
Segue um lay-out semelhante ao The Secret. Na minha opinião ele pegou levíssimo, até publicações como a revista brasileira Galileu já pegaram mais pesado com a L.A.
Trata-se de uma obra indispensável para quem se interessa pelo The Secret, porque estabelece uma saudável relação de equilíbrio e pé-no-chão que são fundamentais para quem quer obter algo de REALMENTE positivo com a moda da L.A. (em longo prazo)
Não, não concordo que se trata de alguém "pessimista". De forma alguma.
Não concordo que o autor tenha algo pessoal com Byrne. Ele não a conhece e não se detém na figura pessoal de Rondha, mas na figura "autora e seu conteúdo".
Há uma infinidade de exageros em The Secret. O autor aponta-os de forma clara, didática, citando exemplos e com argumentos I-R-R-E-F-U-T-Á-V-E-I-S.
O autor não dá entrevistas, sabe-se pouco a seu respeito, além de ser um professor que mora com sua família nos EUA.
Desqualificá-lo não é o caminho mais inteligente. Creio que o melhor é tentar contra-argumentar. Mas mesmo eu, um virginiano na acepção (crítico até os ossos) não consegui falar quase nada do livro além de aspectos como "achei caro" ou "é curto e simplório" ou ainda "pegou leve". O conteúdo é de uma clareza tamanha que não dá margens para interpretações.
Ex.: Logo no início do livro Rondha afirma que, por um período passou a ler tudo o que dispunha da literatura dos mestres que cita (Einstein, Sheakspere, Platão)
Para realizar esta façanha, apenas para conhecer parte das obras dos que citou, ela teria que ter lido 6 livros por dia durante meses consecutivos. (Exagero---ou mentira)
Mas ainda mais relevante (pra mim) é o fato dela sequer ter dado uma vaga noção de como estas personalidades conheceram "O segredo". Neste caso o autor traça um paralelo com Dan Brown que também cita personalidades para dar um tom de credibilidade a suas elucubrações.
O autor não entende o motivo do deslumbre de Rondha por obras de auto-ajuda e parece mesmo que ela nunca havia lido um livro como "getting rich", ao qual ela coloca num patamar de "tesouro da humanidade".
Livros como "getting rich" são os que mais enchem prateleiras de livrarias.
Na minha opinião ele é bem mais fraco do que obras do Napolleon ou de Murphy, mas entendo que pelo livro ter sido lançado a mais tempo e pelo fato de seu autor já estar morto ela tenha escolhido-o como uma boa peça de mkt.
Outra questão importante sobre o livro e o filme The Secret é sobre esta coisa de que "Olha vc não é rico? Nosssssssssss então há algo de errado!"
Isso eu considero um crime!
E o autor aborda superficialmente.
Aqui no Brasil é mais grave ainda. Ver um filme daqueles com casarões, carrões, jóias, ouro, fortuna e alguém falando "Você pode ter tudo isso! Se não tem é porque ou é cagado ou é burro e não consegue entender ou praticar direito a L.A."
Ora!!!!
Lá nos E.U.A. isso até pode ser. Há uma prosperidade enorme, facilidades infinitas pra se enriquecer rapidamente e uma quantidade enorme de ricos infelizes e vazios.
Mas aqui no Brasil????? Na África????
EU PAGO MIL REAIS PRA QUEM PROVAR PRA MIM QUE RECEBEU DE GRAÇA UM CHEQUE OU DINHEIRO POR SEDEX e o dono não bateu desesperado na porta pra pedir de volta explicando o engano!!!
Sim, certa vez depositaram R$800,00 na minha conta por engano. Mas dinheiro no Sedex?
Incopetencia de bancários dá pra entender num país como esse, mas coisas no sedex? Só se for tráfico de cocaína ou muamba do paraguai e tão te usando de laranja!
Há equívocos, exageros e mentiras descaradas em The Secret, mas há verdades:
-A sorte existe
-O poder do pensamento existe
Mas não somos deuses imortais.
E antes de ficar olhando somente para o umbigo ou pelas pequenas frustrações temos que retomar o leme do barco do novo milênio:
-O mundo é um ser e não o ser é o mundo (escrevi isso há mais de dez anos...)
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