Foi dia destes que estava revendo um dos mais queridos amigos com quem muito aprendi e com quem, muitas e muitas vezes, implorei a edição dos meus livros .
Ele é escritor muito conhecido e também é presidente da Editora Gente.
Até que ontem encontrei umas coisas suas que estavam aqui nas minhas anotações:
A sociedade quer definir o que é certo.
São quatro loucuras da sociedade.
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo.
Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
O amigo? Roberto Shinyashiki.
Vez ou outra vejo-o tocar num bar de SP.
Lembro-me quando ele falava das fraquezas humanas, "precisar de aplauso, precisar se sentir amado e buscar segurança". E vejo que, mesmo com o tempo passando como um furacão, a verdade sempre fica lá...Quietinha...
Roberto é um dos poucos deste país que ainda valem a pena.
Ele falava sobre esta questão da auto-estima e uma coisa que disse marcou minha vida:
Lembro-me dele dizer que o brasileiro não precisa de auto-estima e sim de competência! Que, de fato, auto-estima ele tem de sobra.
Semana passada ví um documentário sobre funk nas favelas cariocas e lá estavam aquelas meninas paupérrimas, gordas e mal-ajambradas, ou seja, totalmente fora dos ditos "padrões" de beleza, mas mesmo assim sendo endeusadas pelos caras porque tinham uma bunda grande ou sabiam rebolar e coisas assim. Eu mesmo ví um "poder" nelas, estava, como homem que sou, admirando-as como todos os marmanjos lá.
Mas e a vida destas meninas?
Seguramente não é uma vida de deusa...
Mas ao entrevistá-las, a última coisa que se via alí era a baixa auto-estima.
Procurei este material, que é uma entrevista na isto é e lembrei-me de ter visto postado no Orkut. Só que já faz mais de ano. Ao encontrar o material percebi que ele fala sobre esta questão do ser e do ter, mas ele complementa com algo a se refletir: As pessoas não estão mais conseguindo nem ser e nem tem e então elas se agarram ao parecer.
Eu devo parecer rico, parecer feliz, parecer realizado emocionalmente para os outros e para mim. Isso é algo profundamente comum.
Eu sempre digo a todos que nenhum processo de mudança que pude provocar em qualquer pessoa a quem atendi foi maior do que aquele que ocorreu comigo. Eu aprendo muito com tudo isso.
Complemento com meu exemplo que diz bem sobre o que se passa com aquelas meninas: morando mal, engravidando com 12 anos, sem estudo, sem emprego, passando necessidades e até fome. Mesmo assim "parecem" ser muito felizes...
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