terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Somos tão jovens!"



O Brasil é país de jovem democracia. Esta é a desculpa para que tenhamos paciência elefantesca com ladrões safados, caras-de-pau, dignos da mais absoluta cafajestagem.

Somos também um país de jovens leitores. Aqueles que, diferente de seus pais, em maioria, típicos analfabetos funcionais, se arvoram nas linhas mal escritas das redes sociais, nos jornalecos de interior, blogs e mais tantos outros escritos, em maioria, dignos de um escritor igualmente analfabeto funcional.

Não se pode utilizar recursos linguísticos minimamente sofisticados. Os leitores de hoje pouco ou nada sabem sobre interpretação de texto. Nem pense em falar figuradamente. Tudo é levado ao pé da letra. Há pessoas que olham para o céu procurando canivetes. Basta que alguém utilize a popular afirmação sobre a tal chuva “diferente”.

Somos um país jovem.
E é curiosa a visão de “jovem” que defendemos.
Jovem é aquele que faz as piores maquinações, os atos mais levianos aos quais presenteamos com complacência e compreensão insuperáveis.

Somos uma “democracia jovem”, portanto só fazemos as mais absurdas estultices. Tolices de toda sorte  que devem ser aceitas e prontamente compreendidas.

Somos “leitores jovens”. Portanto, não termos hábito de leitura, quando muito, meio livro por ano. O que nos faz escrever como símios, sem distinguir grafias de palavras parônimas, partindo facilmente de uma aceitável aliteração para a mais escarrada cacofonia. 
Pior do que a péssima interpretação de textos é ainda a tendência persistente em personalizar e trazer uma ideia ampla, pautada em aspetos globais, para o joão-e-maria das fofocas, maledicências e ataques pessoais.

Aliás, tudo precisa ser pessoal para não escapar da compreensão.
Se forem falar sobre uma ideia de Deleuze a respeito da condição humana atual não haverá audiência. Mas experimente comentar sobre a separação de uma atriz ou ator de novelas... Aliás, experimente falar sobre novelas!

Tempos atrás, o país inteiro parou para ver a história de um conto de Dostoiévsky escrito em 1869 (com sugestivo título de “O Idiota”) copiado de forma tão explícita que o próprio personagem foi filmado lendo o livro em questão.
O conhecido “Tufão” caiu na boca do povo de uma forma emulada e caricata como nunca seria fonte de atenção ao seu original. Neste caso, “idiota” é o gênio Dostoiévsky e todos seus leitores, que foram enganados por uma farsa mercadológica apelativa feita pela “máquina de emburrecer pessoas” que copia um conto de 143 anos.

Um país jovem apela constantemente para a discussão sobre pessoas subjugando a proposta de discussão própria de ideias.
Por isso tão poucos filósofos.
Míseros.
Por isso a ira contra quem critica ou tem opinião.
Por isso menos valor a literatura, ao conhecimento, ao crescimento pessoal, intelectual.
Não produzimos quase nada digno de nota.


Mas faço uma justiça aqui: Jovens não são na realidade como os desenhos dos acomodados e complacentes.
Ao menos não deveriam ser.
Nas maiores revoluções, em todas as guerras e batalhas da história estão os jovens.
São os jovens a força motriz das mudanças e das novas ordens.
Os jovens trazem o elemento do movimento e não da estagnação.


Afirmar que somos jovens?
Nem longe disso. Não temos nem o furor inquietante dos mais novos e nem a sabedoria serena, perspicaz e direta dos mais experientes.


O que temos é a irresponsabilidade de uma criança mal criada.
Se somos ainda muito coniventes com a roubalheira dos políticos é porque ainda guardamos a inocência e despreparo de um bebê que mal conhece a vida e precisa que cuidem dele com afagos e cuidados básicos. Estamos ainda sujando nossas fraldas.


Se somos tão apáticos ao conhecimento e desenvolvimento é porque ainda permanecemos no inglório papel de uma criança mimada, destas que fazem birra quando são confrontadas na sua limitação, acomodação e inercia.


Ainda falta muito para sermos uma boa democracia e termos bons leitores.
Falta muito para desenvolver assuntos mais profundos e discutir ideias sem receio de falar e ouvir sobre a realidade vigente.
Para nos tornamos jovens precisamos evoluir muito.
Para melhor.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Instituto do Desrespeito


Algo que está tacitamente institucionalizado de uns tempos pra cá nas redes sociais é “Instituto do Desrespeito“.
Os ataques são comuns, sejam por meio de perfis falsos ou não.
Tenho 42 anos e peguei o finalzinho de um tempo onde ninguém enfiava o dedo na cara de um deputado, prefeito, pessoa pública ou autoridade em geral pra falar um monte de desaforos como se esta atitude fosse aceitável. Cresci em uma época onde me ensinaram que deveria “respeitar os mais velhos”.
Aprendi a "respeitar pra ser respeitado", “me colocar no meu lugar”, fui criado em uma realidade onde havia esta reverência respeitosa, não apenas por uma questão de hierarquia ou de autoridade constituída, mas por uma questão de educação mesmo. EDUCAÇÃO.
Estamos agora em meio a um triste momento de afrontas e xingamentos apenas “por esporte”. Assusta ver que o mal educado se sente no direito de falar o que quer, como quer e onde quer. Ao ser contestado responde com fúria e se sente agredido no seu direito de "livre expressão", como se não houvessem mais os artigos que tratam sobre calúnia, difamação, falso testemunho, injúria e afins no nosso código.

Pessoas acham graça e acreditam ser "normal" falar toda sorte de palavras chulas possíveis. Um "engraçado ofensivo".
Quem dava risadas com o Costinha ou Ari Toledo, com seus LPs de piadas, deve achar estranho a utilização moderna dos palavrões.
Eles se transformaram em figuras de linguagem mimetizadas ao vocabulário cotidiano. Perderam impacto e relevância para se unir ao tom jocoso e sempre irônico.

Hoje qualquer pessoa pública que se aventurar em uma rede social, corre o risco de ser execrado de forma gratuita e vil.
O criminoso, por diversão macabra, inventa histórias, acusa falsamente, faz "cobranças" e trata o outro com uma falta de senso que não encontra precedentes.

Com isso estamos neste dilema:
Aquilo que seria o grande avanço das redes sociais que é a democratização da comunicação, através do contato direto com todos, algo que nivela comuns e incomuns em um mesmo patamar social, se revela uma deturpação completa do conceito de "vida compartilhada". O social se tornou constrangedor, o inteligente se tornou ignorante. O sorriso para vida é entrecortado pela arrogância e prepotência prementes.
Em tempos de poucos valores e muitos desencontros, nossa sociedade se desnuda frente ao total despreparo de parte da população em se projetar um centímetro fora da tela de um computador.
Com um perfil nas redes sociais e com absolutamente nada na cabeça, os ignorantes se proliferam, mostrando uma faceta podre e nefasta do que ainda se considera "elite" social do pais, que são os que possuem computador ou tem conhecimento para utilizá-lo em lan houses.

Se este é o nível de parte desta elite social, imagine o que nos espera se todos forem catapultados a este patamar.
O que nos traz um alento é que aqueles com pouco traquejo para as modernidades tecnológicas se encontram entre os mais simples e com mais idade. Para maioria deles, a palavra respeito ainda possui algum significado e, mesmo que alguns sejam desprovidos da educação formal, o Instituto do Desrespeito ainda não os alcançou. Neste caso, não apenas por uma questão de educação, mas de princípios.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Um resumo bem reduzido de uma vida :)



Clayson Felizola tem sua formação acadêmica como professor de história, psicologia e sociologia, sendo pós-graduado em filosofia pela PUC-Minas, autor de 6 livros, trabalha com comunicação e jornalismo desde 1986. É pai de Clayson Felizola Jr e Julia Felizola e avô de Lorenzo todos poços-caldenses. 

Nasceu às 17 horas do dia 17 de setembro de 1970 no Hospital Pedro Sanches em Poços de Caldas.
Naquela época, seu pai trabalhava na empresa Alcoa Alumínio SA.
Após seu nascimento, seus pais com cerca de 20 anos de idade, mudaram-se pra cidade de Muzambinho para ingressar no ensino Superior.

Sua Mãe Renilda Felizola, formou-se em contabilidade e seu pai José Claudio Felizola em Educação física, pela tradicional faculdade de Educação Física de Muzambinho.
Neste período seus avós paternos e maternos eram proprietários dos dois únicos hotéis da cidade (em meados da década de 60, seus avós paternos Jurcely Felizola e Venância Felizola já eram proprietários de hotel e pensão em Poços de Caldas).

Quatro anos depois, com a morte de seu avô paterno, seus pais já formados, voltaram para Poços de Caldas, montaram uma das primeiras e, durante algum tempo, a única loja de discos da cidade. Sua avó Venância Felizola, iniciou as atividades em uma pensão familiar. Ambos os empreendimentos na rua Marechal Deodoro.

Seu pai trabalhou por quase duas décadas como professor em escolas como Dom Bosco, Colégio Municipal José Vargas de Souza e APAE.
Sua mãe em atividades no comércio com uma loja de roupas.

Clayson estudou o ensino básico na Escola Estadual David Campista, ensino fundamental na Escola Municipal Dr. José Vargas de Souza e ensino médio no Colégio São Domingos e Pelicano.
Sua formação superior foi pela Universidade Presidente Antonio Carlos, com Pós Graduação pela PUC Minas.

Suas duas irmãs, Clistyane Felizola e Claudia felizola, se formaram pela PUC Minas em pedagogia e administração, respectivamente.
Clistyane é hoje diretora do Colégio Pio XII e Claudia, funcionária pública. Ambas também atuam como professoras universitárias.

Clayson, contrariando a vontade dos pais e avós, trabalhou desde os seis anos como engraxate e sorveteiro. Não precisava do dinheiro e gastava seus ganhos comprando presentes para seus parentes e amigos. O que lhe atraía era ao trabalho e o contato com as pessoas. 

Aos doze anos, começou suas atividades como Garçon.
Sendo um jovem alto, se esforçava para não aparentar sua idade real, com receio de não trabalhar em uma função onde só eram aceitos maiores de 16 anos.

Logo aos 14 anos, em função da grande paixão pela música e devido aos discos da loja dos pais, entrou em contato com radialistas da Rádio Libertas de Poços de Caldas. Começou colaborando para o extinto programa Rock Pesquisa, oferecendo material e produzindo o programa. Em troca, o apresentador do Programa, João Batista, ofereceu a ele a oportunidade de falar nos microfones da rádio sobre as músicas e os lançamentos que levava para ser executados no programa.

Logo aos 15 anos já era operador de Rádio e aos 16 estava contratado como operador e locutor pela Rádio Cultura. 
Suas atividades se iniciaram lendo perguntas de telespectadores no programa tradicional apresentado por Chico de Assis, o “Conversa com o Povo”. Em outro horário era o operador de som do programa do saudoso Afonso Celso, o “Fonso”.

Foi o primeiro locutor a trabalhar como DJ na rádio Cultura dois, juntamente com Vinícius Araújo e depois com Francis Alves.

Na mesma época iniciou seus trabalhos como animador da discoteca Carinhoso.

Chico de Assis vende a rádio FM para Landolpho Sobrinho que, na direção de Wilson Prado, funda a rádio Studio FM. Foi naquele período que Clayson, Francis Alves, Sandra Helena, Marquinho da Imagem Vídeo e outros profissionais inauguram em Poços um programa de televisão que era distribuído em locadoras de vídeo. Na época a TV Poços ainda não existia, sendo inaugurada dois anos depois.

Entre as décadas de 90 e 2000, Clayson trabalhou em várias empresas de comunicação como locutor, repórter, apresentador e colunista. Dentre elas, locutor/operador das Rádios Cidade, 104 FM e Vox FM em Poços de Caldas, Vanguarda FM de Varginha e Antena 1 em Campinas. Colunista do Jornal Mantiqueira em Poços e Correio Popular em Campinas. Repórter e apresentador da TV Poços, TV Alterosa em Varginha e Band Minas. Foi um dos primeiros DJ’S de Poços pelo Carinhoso e Overnight. Mudou-se para Santos, onde era DJ de várias casas noturnas e, posteriormente, para Varginha, onde foi DJ da "Metrópolis", casa noturna que fez grande sucesso. Trabalhou em vários projetos de música eletrônica em SP e rodou o país com uma das primeiras raves itinerantes do Brasil chamada Sherazade, apresentando-se em várias cidades. Foi reconhecido pela revista DJ Magazine como um dos três melhores DJs de House Music do Brasil. Sendo referência neste estilo de música eletrônica.

Atuou como ator em centenas de comerciais de TV. Desenvolveu o projeto de comunicação da Rede Unissul de supermercados, onde trabalhou diretamente por cerca de 02 anos.

Em sua atuação na tv, teve destaque com o programa Classe A. Primeiro programa de colunismo social no interior de Minas. Seguiu com o programa por cerca de oito anos.

Em 2004 mudou-se para Andradas, onde trabalhou na campanha da prefeita Margot Pioli. Ali desenvolveu projetos sociais e voltados a comunidade. Eleito presidente do CONSEA (Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável) se tornou responsável pela atuação do conselho em várias cidades, incluindo Poços de Caldas. Na sua atuação, criou hortas comunitárias e um apiário. Sempre trabalhando ao lado de comunidades carentes da zona rural.

É proprietário de uma produtora de programas evangélicos para TV e apresentador do programa Plantão 47 pela TV Plan de Poços de Caldas.
Com grande audiência em Poços, o Plantão 47 é um sonho antigo. Clayson idealizou o programa onde uniu a informação, associada a prestação de serviços e utilidade pública cuja tônica é a participação popular, a opinião imparcial e a condução pautada na informalidade e descontração. A condução de Clayson é marcada por momentos com doses de humor e seriedade na medida certa, adquirindo grande credibilidade e reconhecimento junto a população.

Como parte de seus vários trabalhos voluntários, Clayson é um dos responsáveis, junto a IASMIL de Andradas, pela Comunidade Terapêutica Caverna de Adulão, onde atende cerca de 50 adictos de drogas sendo 20 adolescentes e 30 adultos.

Também foi um dos 08 integrantes do IBT (Instituto Bem da Terra) que promoveu oficinas e projetos voltados à Educação Integral, Saúde Integral, Cultura de Paz, Arte, Filosofia e Integração Sustentável Homem/Ambiente com consciência ambiental, defesa e proteção de animais.

Com a experiência junto ao IBT, idealizou e fundou o MARCHA - Movimento Apartidário pela Retirada das Charretes, que é uma ONG protetora dos animais reconhecida nacionalmente atuando na área de libertação dos animais que são utilizados em transporte de pessoas e cargas no perímetro urbano.
A proposta da ONG é a criação de uma lei que proíba o trânsito de veículos de tração animal fora da zona rural. A página da ONG já ajudou a captar milhares de assinaturas e já organizou várias ações, debates e encontros.

Clayson Felizola tem uma vida voltada para estudo, leitura, aprendizado e muito trabalho. Defende a conscientização sobre a vida sustentável, repeito ao meio ambiente e aos animais. Há muitos anos é vegetariano, praticante de yoga e meditação e desenvolve várias vertentes artísticas, sendo músico, artista plástico e ator. Seus valores principais estão no próximo, família, amigos e no respeito aos seres vivos e natureza.

Nunca espere dele frases feitas que incitam o ódio como "bandido bom é bandido morto". Na sua já tradicional (e solitária) posição "bandido bom é bandido recuperado, que é pai de família e contribui para a sociedade. Este não mais é bandido, mas um exemplo. Mostrando a outros que estão na vida do crime, que há uma saída. Que todos podem mudar para melhor".

Seu sucesso se deve exatamente por trazer algo novo no estilo de programa que apresenta, pela capacidade de analisar e ver aquilo que muitos não estão vendo, por não repetir o que já é dito com exaustão. Com um humor sempre presente e com sorriso e alegria, acabou se encontrando e se realizando como apresentador de televisão. Mas nunca se colocou como um "artista" ou "estrela". É muito comum vê-lo afirmar que é um operário como qualquer outro e que ama o que faz, por isso procura sempre fazer bem feito. É de natureza bondosa, mas guerreiro e muito enfático quando o momento é criticar o que está errado.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Imponderável Salto Quântico






Nós estamos cercados de acontecimentos, fatos e objetos que não podemos afirmar se são definitivamente reais.
Lembro-me de quando tinha lá meus 15, 16 anos, ouvi de um professor espiritual que eu deveria dar alguns pulos tentando alcançar o céu. Bastava pular buscando subir o mais alto possível. Segundo aquele professor, se meu pulo fosse mais alto do que o de um ser humano "normal" é porque provavelmente eu estaria morto. Ele tentava esclarecer que muitos morrem sem saber. E "vivem" sem saber que morreram. A tendência era que continuassem repetindo as mesmas coisas sem se dar conta de seu novo estado fúnebre.

Na época não havia o filme Sexto Sentido (já cheguei nos meus 41 né..) portanto o impacto da informação foi grande e de muita relevância. Passei alguns anos dando pulos, sempre que houvesse conveniência, coincidindo com a lembrança do seu ensinamento.

Passado algum tempo, avançando meus estudos em sonhos lúcidos, me vi pulando em um sonho e a sensação era exatamente a que ele havia descrito para o estado de um morto. Eu flutuava ou mesmo pulava e me transportava para outro ponto do planeta ou fora dele. No começo, o medo de ter chegado ao término de meus dias, me fazia voltar do sonho em segundos, depois sorria muito ao acordar.

Eu estava morto ao sonhar? Onde vamos quando sonhamos? As conjecturas são inúmeras. Porém uma conclusão me veio depois de um certo tempo: Nossa realidade e nossa percepção são tremendamente relativas. Nosso mundo, nossa consciência e o aporte de nossos pensamentos e processos mentais e cognitivos traçam regras díspares sobre o que ou quem somos.

Ponderando sobre o imponderável, temos a máxima da mecânica quântica, onde um elétron muda de camada em um "passe de mágica", "sumindo e aparecendo" em um movimento cientificamente impossível. A pergunta que não encontra lógica ou explicação direta, surge quando se tenta saber onde a partícula mágica se encontra ou "para onde vai" no momento que desaparece e aparece novamente em outro lugar, sem que seja detectada sua trajetória.

Nietzsche, em sua frase célebre, sugeria em tom quase imperativo: "Torna-te quem tú és".
Ele só se esqueceu de dizer que poderemos ser mortos e vivos em uma mesma existência, ora sumindo e aparecendo, ora presos na infalível lei da gravidade, ora visitando outros planetas da galáxia em meio a divagações oníricas.  

terça-feira, 26 de junho de 2012

Uma resposta mais objetiva contra as drogas e seu abuso



Estava ouvindo Amy Winehouse. Uma obra pequena deixada pra nós. Mas não vimos algo que seja tão significativo no mainstream, do ponto de vista da qualidade musical, nestas últimas décadas. Em geral, o que faz sucesso é tão ridiculamente horrível que nem merece citação. Mas Amy mostrou ser possível bons arranjos, boa voz, belas canções e letras fazerem sucesso. Back in black é o melhor disco dos últimos tempos a figurar entre os mais vendidos.

Posto isso, me vem a mente esta ignorância das drogas e seu abuso. Será mesmo que vamos continuar vendo estes suicídios por muito mais tempo? Será mesmo que as drogas vão continuar ceifando vidas e tirando da existência talentos tão indispensáveis? Quantos ainda perderemos? Porque os cientistas e todo o "progresso da medicina" não voltaram seus olhos para um tratamento mais eficiente contra este mal? Será muita ilusão uma vacina contra drogas?

sábado, 9 de junho de 2012

O que você pensa sobre mim?





O que há no pensamento de cada um?
Certo tempo eu me deparei com uma pergunta em um destes cursos mezzo picaretas. É incrível como há aproveitadores no caminho de pessoas bem intencionadas.
O dinheiro e tempo investido neste curso serviram-me apenas para refletir sobre uma pergunta, que me acompanhou durante um período: Como as pessoas te veem? 
Na ocasião a pergunta foi bem alicerçada. Não se trata de fazer algo para ser melhor visto pelo outro. Não se trata de pensar em como ou o que o outro pensa a seu respeito. Também não se trata de futilidades cotidianas, fofocas, "fazer média", "duas caras" e amenidades afins.
A pergunta era simples. De tão simples que foi necessário afunilar suas interpretações até chegar na crueza da fórmula: "como eu me vejo" e "como eu imagino que os outros me veem" em contraponto com "como realmente os outros me veem".
Fiz este curso há cerca de duas décadas (tempo em que, inclusive, não havia a preocupação em saber como se escreve "veem" dentro de uma possível reforma ortográfica... bons tempos...)
Hoje não mais me preocupo com este detalhe. Mesmo que o outro tenha uma grande ideia sobre mim ou mesmo que me ignore, mais importante é como sou.
Naquele momento em que recebi esta pergunta, era importante saber como os outros achavam que eu era, até para confrontar aquela realidade a minha.
Será que os outros, ao terem uma visão diferente da que tenho a meu respeito, estariam mais corretos acerca de mim do que eu mesmo?
Eu estava procurando exatamente esta resposta que se constituía também na procura da minha identidade. 
A nossa identidade está naquilo ou naquele que formam a nosso respeito ou no que nós procuramos formar sobre nós mesmos?
Era um momento de encontro ou mesmo de abandono.
Hoje vejo que não há necessidade deste controle.
Ao menos para mim basta seguir uma cartilha básica. Algo bem simples e resumido. Algo que possa constituir os "preceitos básicos da minha existência" que, mesmo intangíveis, possam se tornar tão concretos a ponto de quase sê-lo.
Penso em seguir aqueles ditames gerais que, por vezes, flertam com o piegas: Ser honesto e verdadeiro, sem me tornar rígido e quadrado. Ser correto e obedecer as leis sem descambar para a paranoia do "politicamente-correto-extremista" e ser coerente, tendo bons princípios, sem me fechar em dogmas e ideias pré-concebidas.
Conceitos assim me atraem. São pontos de partida.
Estabelecer equilíbrio é uma meta pessoal, mesmo que não seja um fim.
Posto isso, não me interessa mais entrar no coração das pessoas.
Não posso julgar e interferir no pensamento de quem me vê.
Alguém que me julga como uma pessoa que faz as maiores armações e sacanagens do mundo, irá me ver de acordo com seu universo pessoal. 
Alguém que me vê como um São Francisco também.
Mais vale o que eu sou do que pensam que sou. Mesmo quando esse "eu sou" é algo que esteja acima de mim (como de fato está).
Quando aprendi que a minha preocupação com meu caminho pode fazer de mim algo bem próximo do que penso, passei a andar mais firme. Piso mais seguro, olho pra frente, com a cabeça erguida.
Se alguém acha que eu sou um vendido, mal caráter e egoísta, seu pensamento a meu respeito é indiferente. Entrego-o a natureza desta pessoa, que não deve ser muito diferente dos adjetivos a que me atribui.
E aos que me admiram ou beijam minha mão para pedir benção, ofereço um respeito contido. Aquele respeito que termina onde começa o sopro do balão do ego.
Mesmo ciente da minha condição humana e, por isso, sabendo que não posso corresponder completamente as expectativas dos que me veem como um homem sem defeitos, sei que, de certa forma, eles evocam em mim algo semelhante de onde sonho em me aproximar.
Não se trata de pretensão. Prefiro me inspirar nos que me veem bem do que me deprimir com os que se veem em mim.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Ainda somos bárbaros


Nossos caninos diminuíram ao longo da evolução.
Nosso estômago não mais produz enzimas para desdobrar a proteína da carne com tanta facilidade.
Dados apontam que um homem que come carne por um período de 50 anos, possui em seu estômago, cerca de três quilos ou mais de carne literalmente podre que nunca irá ser digerida.
É um depósito fétido e asqueroso, guardado gentilmente dentro do corpo, esperando para alimentar células cancerígenas ou se deslocar pra alguma artéria para que provoque uma parada cardíaca, quem sabe uma boa contribuição para um AVC...
Acabo de ver uma galinha com pés amarrados sendo levada para o abate.
Ela estava em uma caixa de papelão com alguns furos e, assim que foi pega com as pernas pra cima, começou a bater asas e cacarejar, num grito que misturava medo e desespero.
Os "donos" do animal, que acabaram de adquiri-lo sorriam contentes, afirmando que, ao matá-lo teriam uma comida "gostosa".
Eu, que estava inspirado pra escrever algo "alto astral" neste blog, tive que interromper tudo pra refazer meus ânimos.
Estava escrevendo sobre os problemas do cotidiano e como lidar com eles.
Eis que me surge este.
Algumas pessoas, ao ler este texto vão dar risadas. Achar ridículo que alguém possa compadecer-se  com o destino de uma galinha, dentre as milhares que morrem a cada segundo no mundo.
Dia após dia entendo que ser vegetariano é procurar, por alguns instantes, entrar naquela caixa escura com alguns furos feitos por uma faca e se sentir com calor, com medo, tendo as pernas presas sem poder se mexer e sendo transportado de cabeça pra baixo pra ser morto.
O que estes nobres "gourmet's" estão comendo?
Medo, tristeza, desespero e sofrimento.
É isso. Tudo sendo transferido para a energia e o sangue deste animal. Depositado em suas vísceras e em cada célula do seu corpo.
Vejo um momento em que esta barbárie possa acabar.
Vejo um dia em que as pessoas entendam que os animais foram indispensáveis para a nossa dieta há alguns séculos, mas agora vivemos em um outro momento e realidade. A água doce do nosso planeta é usada mais para o gado do que para o ser humano.
Nossa safra agrícola, em especial a de grãos, serve mais para virar ração para o gado do que para alimentar o ser humano.
Não que eu aprove qualquer tipo de ação reacionária. Acho os "vegetarianos xiitas" "chaatos".
Mas, a cada dia, vejo nascer em mim uma compaixão avassaladora pelos animais.
Pelos seres vivos.
Hah sim!
Antes que me digam que uma alface ou vegetal é um ser vivo (que lógico, são), e que morrem chorando e gritando em desespero como um animal (o que já é um pouco diferente), alerto que, caso você tire uma perna de um boi e queira que outro boi nasça dali, estará sendo um idiota (ou cientista maluco), mas isso pode acontecer com um vegetal.
Os vegetais tem uma forma de "se doar" bem diferente dos animais.
As árvores doam seus frutos porque não podem andar e plantar suas sementes em outro lugar.
As flores se tornam lindas, cheirosas e atraentes, para que possam ser polinizadas e se reproduzir.
É diferente. Há uma interação.
Nós podemos ver os frutos, no momento em que estão maduros, doces, tenros, caírem das árvores para que possam ser devorados e ter então suas sementes levadas para outros lugares.
Um animal não faz isso.
Em geral, suas sementes são guardadas dentro de si ou guardadas e zeladas por eles em ninhos e locais seguros, onde a interação, em geral, é feita somente por outros de sua espécie para fins específicos de procriação.
Sempre foi incógnita pra mim as pessoas não conseguirem diferenciar um animal de uma planta.
Não bastasse as questões fisiológicas inerentes à obtenção de alimento por estas duas fontes tão distintas, creio que falta a sensibilidade para perceber o comportamento de cada espécie.
Qual animal oferece seu filhote para outros se alimentarem como uma planta oferece seus frutos, sementes, folhas, galhos etc.?
Pois bem.
Deixemos de lado um pouco o ativismo (quase sempre enfadonho, como disse), pra apenas ficar com a compaixão pelo sofrimento da galinha.
Respeito os sorrisos sarcásticos. Mas fica este recado.
É preciso entender que estamos em um outro momento de evolução de nossa espécie: A transição da barbárie e da violência barata (inclusive contra seres humanos) para o estado de amor incondicional a tudo que remete à criação de Deus que, por sinal, é o Pai da Vida.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Meu grande amigo o inimigo



O que é o sucesso senão a mais pura expressão da espiritualidade?
Quando respiramos alegria e paz, uma enorme generosidade nos invade.
A serenidade nos mostra caminhos importantes que nos conecta com tudo o que buscamos no mundo.
Agir com generosidade com nós mesmos é um passo fundamental.
Eu fico encabulado ao ver algumas pessoas fazendo compras.
Vejo-as procurando algo para comprar para si (uma roupa, um sapato), numa busca tão frenética por comprar barato e fazer economia em tudo que, ao final, tem sempre um resultado ruim, acabam, quase sempre adquirindo algo que está aquém do seu merecimento.
Se acostumaram com o pior, mas em alguns momentos, se sentem frustradas.
Esquecemos de tratar a nós como o que há de mais importante no mundo.
Queremos fazer o bem ao próximo e sabemos que isso é digno, mas não pensamos tanto em fazer o bem a nós mesmos, porque nos ensinaram que isso é ser egoísta, mesquinho.
Mesquinho é aquele que nega a si.
Nega a sua vida e sua existência e foge de sua felicidade quando pensa estar alcançando-a.
Quantas pessoas choram, ficam ressentidas e magoadas com críticas.
Eu adoro os "cri cris". Eles são engraçados e sinceros.
Claro que a maioria deles tem dificuldades quando o assunto é sobre eles mesmos, porém nos mostram coisas que não vemos (ou não queremos ver) e que são latentes em nós.
Os críticos em alguns casos são os melhores professores. Os que nos contrariam são aqueles que mais nos ensinam. Tudo o que nos choca, traz reflexão e entendimento.
Nós nos acostumamos tanto à hipocrisia e pensamos tanto no "politicamente correto" que nos tornamos medrosos.
Você não pode ser muito mais medroso do que pensa?
Talvez seja mimado e mal acostumado.
Os livros de auto-ajuda, as palestras de motivação e os que falam "bonitinho" podem ter te estragado.
A psicologia de bar pode arrebentar com nosso crescimento e nos arruinar.
Esta história de que nossa mãe ou nosso pai (ou ambos) foram nossos algoses.
Que a nossa infância foi a responsável por nossas mazelas de hoje.
Um desastre este pensamento.
Será que não podemos jogar tudo fora?
Se foi assim que fomos criados, não podemos romper com tudo agora mesmo?
Mesmo que seja mais cômodo ficar no papel de vítima e culpar algo ou alguém do passado, nossa situação atual é fruto quase total do nosso pensamento presente.
Esta idéia do "planta colhe" é outra catástrofe.
Nos torna conformados.
É o outro extremo.
De um lado a criança "boazinha" que foi reprimida pelos pais ou por acontecimentos do passado e da infância (quando na verdade era uma criança travessa e que dava um trabalho danado pra todos).
De outro a pessoa conformada que pensa que, porque fez uma ou outra coisa errada em algum momento, deve então sofrer perdidamente para que "colha" o que plantou.
Oras...
Onde está a generosidade consigo mesmo?
O simples fato de estar vivo e respirando já é um belo motivo pra se tornar forte.
A frase é: "você está onde você se põe".
Tente fazer todo o malabarismo do mundo e sempre cairá neste ponto.
Sua força está dentro de você e somente você pode se conectar a ela.
O seu passado está onde deve estar. Quilômetros atrás em sua existência.
A grande pergunta: até quando vai ficar parado lá?
Até quando a insistência em não sair do lugar?
Agradeça a quem te chama de babaca. Nem que seja por ele não de xingar de Filho da P*.
Temos que ser gratos a quem nos critica, principalmente porque é mais fácil mandar a PQP e nos ignorar.
Aqueles que se preocupam em nos apontar falhas, no fundo, demonstram grande interesse por nós e  pelo que fazemos. São eles os heróis da resistência. São eles que nos valorizam mais do que nós mesmos.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Poços e o declínio do carnaval


O carnaval não mais provoca, ele É um porre.
O axé enterrou o carnaval e dividiu os “de lá da corda” com os “de cá”.
O abadá é o caixão que limita o carnaval à praga ignorante do axé, que engole tudo e coloca naquele ritmo de rotação 33 pra 45 (quem sabe o que é vinil vai entender) transformando a festa nacional em uma grande porcaria.
O axé do pê pê rê rê pê pê pê enterrou a única diversão do brasileiro.
Em Poços, o carnaval de Caldas, Muzambinho e Caconde foi bom.
Estas cidades viraram os bairros do “pode tudo” do poços-caldense.
Nestes lugares é “proibido pensar” como diria Simão.
Crowley (pesquise no google) estaria feliz com isso. Ele cunhou a frase "Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei." ("Do what thou wilt shall be the whole of the Law.").
Aficionados de Chaos Magick com seu lema (Nada é verdadeiro, Tudo é permitido) devem vir passar o carnaval em Caldas, Caconde ou Muzambinho.
Poços amarga a reclamação dos jovens que veem com pesar o fato de não ter dinheiro pra ir a uma destas cidades (ao menos) e tem que, forçosamente, pular o carnaval (heresia das heresias) durante o dia, aos olhos de todos na Praça dos Macacos.
Se esquecem que o que é feito por aqui é fruto do esforço de artistas locais, grandes músicos e profissionais que dão sangue e suor pra fazer algo de grande qualidade e bom gosto, que não vão encontrar por aí.
Eu entendo estas cidades.
Há quem defenda que Poços tem que ter um carnaval pior que o de Muzambinho e Caconde ou de qualquer outra cidade da região (não fosse a catástrofe de Bandeira, o carnaval de lá também seria melhor que o daqui).
Um morador de Botelhos, Campestre ou mesmo de uma destas cidades (todas muito próximas) saem de lá pra vir ao Shopping de Poços ver vitrines ou ao McDonalds pra comer minhoca.
Eles estão aqui o ano todo comprando nas nossas lojas (que não abrem no carnaval) e consumindo produtos que não se consome no carnaval (Andradas, por exemplo, não possui um cinema).
Ninguém tem motivo pra ir em Muzambinho nos outros 361 dias do ano (ao não ser aqueles que, como eu possuem parentes e amigos queridos lá). 
Poços, ao menos tem esta diferença.
Temos mais uma meia dúzia de eventos que, com a mesma falta de planejamento do Carnaval, ainda sustentam alguma “aura”. Aliás, é tradição em Poços não planejar com antecedência razoável os eventos. Desde Festa UAI, Julho Fest, Aniversário da cidade até o próprio carnaval, tudo enfim, discutido às vésperas e cheio de “surpresas”, num amadorismo mambembe e capenga que deixa inveja as quermesses de paróquias e igrejas de pequenas comunidades e bairros.
Não falo somente do poder público, mas de todos os envolvidos. Caso, por exemplo de "Associações" que recebem verbas.
Neste ano o carnaval de Poços teve mais uma "mexidinha". Com as reformas do Palace, já havíamos perdido o mais tradicional carnaval de salão da região e o desfile de fantasias que, ao menos neste ano, se somaram ao Miss Gay e a mudança de local do Banho a Fantasia. Tudo, claro, às vésperas, pra não dizer (alusão proposital a um famoso bloco) “em cima da hora” modificado ou cancelado.
Eu vejo o carnaval como uma festa em declínio em muitos lugares.
Salvador (castigo dos deuses!) este ano, devido a greve dos policiais, teve que entender que é caro cobrar R$2.000,00 de diária numa espelunca suja e velha.
Mas Porto Seguro, Olinda e outros lugares registraram Sold out.
Eu, felizmente, passei parte do meu carnaval em um acampamento evangélico.
Um dos momentos mais divertidos (e mágicos) do meu carnaval foi quando dançamos com pastores de países africanos (Togo, Cabo Verde, Guiné Bissau etc.). Aprendi algumas palavras em Crioulo (língua africana – não “dialeto” como dizem). Cantei “Aleluia” dançando alegremente com três passos pra frente, três pulos pra trás e uma “agaixadinha” seguida de um pulo, que me pareceu bem melhor do que cruzar os braços ao som de “sou solteiro, sou guerreiro” (mesmo porque estava com minha mulher) e ainda me pareceu mais interessante do que a “Dança da Manivela”, que por algum motivo diz que “aqui tá quente, tá frio, tá quente”.
Chiclete com Banana e os baianos em geral, são os coveiros do carnaval.
São eles os culpados pelo poços-caldense urinar e defecar nas ruas de Muzambinho.
Cada ml de vômito de um poços-caldense em Caconde ou Caldas é culpa de um baiano que canta axé.
Todos os atos de vandalismo e destruição devem ter suas contas enviadas diretamente pra Ivete Sangalo, Claudia Leite (nunca sei quando é uma ou outra cantando) e os baianos.
Por isso que parte do nosso contingente policial é mandado pra estes lugares. Ao menos um agradecimento pelos nossos jovens criarem o caos sodômico, alienado e imbecilizante.
Não basta pular carnaval em Caconde, tem que ser imbecil e agir como um retardado. 
Poços poderia ser vanguarda: Walter World com 5 ou 6 espaços temáticos, cada qual com seu estilo: Axé, Marchinha, Rock, Eletrônico, Forró, Sertanejo, Pagode... Tudo o que faz dançar ou festejar em um local dividido por “ambientes”. Pronto!! Desconstruímos o carnaval e, ao mesmo tempo, recolocamos a festa em seu objetivo primordial: Diversão e catarse social.
Agradamos a todos e, ao mesmo tempo, não ficamos choramingando o fato de Poços ter um carnaval “pra velhos”, quando um dia “ser velho” é algo impensado ou mesmo impossível para um jovem.
Os nossos jovens falam que o carnaval de Poços é “pra velho” ao mesmo tempo em que afirmam que “velho” não pode pular carnaval.

Melhor que seja mesmo como é o carnaval dos jovens de hoje:
-“Noiados” olhando feio pra vc e passando a mão na sua mulher
-Crack, Cocaína, Maconha, drogas e bebidas em geral (o importante é estar fora de si por completo)
-Destruição e depredação de tudo o que se vê pela frente, sempre fugindo ao controle da polícia (que não será nunca onipresente)
-Músicas em geral, ruins e mal executadas (quando não, descaradamente emuladas), sempre no deplorável e ridículo estilo “axé”.
-Divisão dos que tem $* dos que não tem. (*$=abadá e lado de cá da corda)
-Urinar e defecar sempre onde der (mas nunca em sanitários ou locais apropriados)
-Sexo promíscuo ao ar livre
-Brigas e desentendimentos pelos motivos mais torpes
-Crimes em vastas categorias (de assassinatos a pequenos furtos)
(Os dados referente a crimes são da própria Polícia)

Em face a este carnaval “dos jovens” temos o combatido carnaval “para velhos” em Poços.

Podemos sim ter o melhor carnaval da região, mas não sejamos ingênuos. Os jovens que vão se esbaldar nestas cidades nunca farão aqui o que farão lá.
E, ressalta-se, a união de todos (poder público e sociedade) que ocorre nestas cidades menores, nunca acontecerá em Poços. Lá eles tem orgulho e utilizam o carnaval como uma fonte de recursos ao alugar quartos e, por vezes, a casa toda por uma boa quantia.
Todos aqui reclamam e são a favor de um carnaval melhor, mas desde que não seja na porta de sua casa.
Por fim fica este sonho, uma quimera ou utopia: Uma festa onde as mulheres não são vagabundas ou aspirantes a prostitutas e os homens não são imbecis e tapados por completo. Um carnaval onde podemos ir pra qualquer lugar apenas pra nos divertir, sem ter que forçar mulheres a beijar apenas porque estão em determinado lugar, enfrentar a inconveniência de pessoas fora de si e uma miríade de atitudes idiotas e cenas toscas. Uma festa onde reine a alegria e descontração para se extravasar de forma sadia e sorrir de forma verdadeira. Locais livres e públicos onde quem tem uma "camisa" diferente não tenha privilégios e onde uma via pública não é delimitada por uma corda e dezenas de seguranças. Um ambiente saudável e confortável, onde quem não fez uso de nenhum tipo de droga ou substância qualquer não se sinta um peixe-fora-d’água...
Carnaval deveria ser isso.

Exatamente o que foi em alguns momentos e que, a julgar pelo desejo de alguns, nunca mais será... 
Continuo denfendendo a idéia: Poços pode e deve ter um carnaval familiar. Famílias que vem aqui pra ficar três, quatro dias, passear, lotar hotéis, consumir no nosso comércio, fazer amizades, ter interesse em voltar em outras datas.
Na ausência de algo melhor e total desesperança, continuo dando meus três passos pra frente com os pastores africanos, cantando Aleluia! Aleluia!.
Ao menos a alegria do meu carnaval está assegurada e não preciso choramingar por não ter motivação pra  ir a cidades pequenas ou falta de $.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A nação sem "Noção Política" 01

Eu me aborreço sempre com os rumos que tomam as discussões políticas neste país.
Nem falo mais com relação ao meu ínfimo micro-cosmo ao qual chamo de "cidade onde vivo", que poderia ser, em projeção, meu "umbigo social".
Falo sobre o nível do debate geral e irrestrito onde todos nos encontramos, pela inexperiência política em democracia  que temos, devido aos anos de ditadura e, principalmente, pela apatia e ignorância em todos os aspectos.
Eu nasci em Poços de Caldas, em 17 de setembro de 1970.
Quase 01 ano e 2 meses depois de Neil Armstrong ter pisado na lua.
Exatos 01 ano e 01 mês após o Festval de Woodstock.
Cerca de 06 anos e 06 meses após o início do regime ditatorial no país.
Já tinham colocado seus coturnos no poder os Generais Castelo Branco e Costa e silva e Garrastazu Médici iria completar 01 ano a frente do País em menos de 2 meses depois.
A chamada "resistência" já tinha dado seus inícios há dois anos (Protesto com 100.000 pessoas no RJ e o ataque a bomba no quartel em SP).
Um ano antes do meu nascimento deu-se o tal "sequestro do embaixador americano" (pela ALN e MR-8) e os "guerrilheiros" tinham roubado o famoso "cofre do Adhemar"  
Os últimos e mais marcantes resquícios de resistência aos milicos em 1970 já tinham ocorrido antes do meu nascimento: O rapto do Cônsul japonês e a execução de Alberto Mendes Júnior pelo desertor Carlos Lamarca.
Quando nasci, no interior de Minas, a poeira começava a baixar. O povo, em sua maioria assustado, já baixava também a cabeça em consentimento ao "novo" regime. Muitos até o defendiam, em contraponto aos "baderneiros" revolucionários.
No interior, imperava o fisiologismo (até hoje é assim) e as pessoas queriam mais era cuidar de suas vidas.
Encher o bucho de comida era mais importante. Afinal, a "ordem" estava garantida.
Nós fomos acordar quando eu já tinha iniciado meus trabalhos no rádio em 1985.
Abrimos os olhos depois de um sono e ainda ficamos com os olhos ofuscado pela luz por mais alguns anos.
A Banda Blitz já tinha emplacado "Você não soube me amar" e estava com seu hit "Mais uma de amor(geme geme)".
Eu pegava o LP da banda com duas faixas riscadas em X para não serem ouvidas porque foram censuradas e achava normal.
A censura era uma coisa normal e boa, porque nos dava a sensação indescritível ser subversivo.
Eu tinha 14 anos quando iniciei no rádio e já tinha a malícia de ouvir as músicas de caras como Chico Buarque e outros que considerava "chatos" como Caetano e Gil e interpretando ao contrário: quando eles diziam que a "banda" quando passava era uma outra coisa e não uma banda mesmo. Eu achava chato por isso. Tinha que entender que o primeiro "Faroeste Caboclo" brasileiro, gravado por chico pelo nome de "Construção" falava do proletariado e tinha que traduzir o português para o português sem ter o espectro de abstração em meu pensamento adolescente para avaliar e mensurar esta ponte.
Só achava chato.
Me interessava apenas o Heavy Metal, ao qual não entendia muito as letras, mas era, ao menos uma resposta, um contraponto as imagens católicas (com imagens de demônios) e ao próprio catolicismo que sempre achei profundamente chato. Minha rebeldia depois veio acompanhada pelas bandas brasileiras.
Mas o que importa aqui, mais que a música ou religião, é o hiato político.
Fui criado em meio a um conformismo interiorano que, mesmo temperado pelas constantes férias nas casas dos meus parentes na capital SP (onde o conformismo era velado) e das visitas semanais a cidade junto a meus pais para comprar produtos vendidos em seu pequeno comercio em Poços.
Melhor para mim era a condecoração aos 10 anos por ter ganho um concurso de redação nacional promovido pelo MEC onde o tema era: Eu amo o meu país.
O governo era bom porque me dava prêmios quando tinha dez anos por aquilo que eu escrevia.
O movimento punk falava sobre ogivas nucleares dos EUA e a URSS.
Eu ouvia e gostava. A Plebe Rude e o IRA não queriam "lutar com fardas". A Legião não gostava de "química".
Mas o hiato tinha acabado.
Os abobalhados que viviam anestesiados viram um bigodudo "congelar" preços numa demonstração de que a ditadura era só pra comerciantes de carne.
Depois a ditadura foi se setorizando. Ela está aí agora. Mas se capilarizou, se embrenhou nas reentrâncias de um sistema político atavicamente corrupto.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lembranças

A saudade nunca coube em minhas mãos,
Mesmo assim, as vezes tento segurá-la.
Não vou agarrá-la, prendê-la.
Quero apenas afagá-la e, como se fosse possível,
não ser surpreendido com seu tapa na cara.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Obama e Os EUA falidos querem nosso dinheiro

O presidente recordista em desaprovação acaba de declarar na Disney com o "castelo da princesa" ao fundo que os EUA vão facilitar processo de emissão de visto para brasileiros.
Engraçado ver isso.
Nem quando o canto da sereia seduzia meus amigos e familiares a irem fazer seu pé de meia no Tio Sam eu tive interesse em ir para aquele país. Não fui pra lá nem quando valia a pena.
Via as declarações de todos que trabalhavam 16 horas por dia, moravam em casa com 2 quartos com 10 pessoas, passavam fome, comiam mal, eram tratados como sub-raça e imaginei que, por muito menos, podiam fazer o mesmo aqui no Brasil e, talvez, ter o mesmo resultado.
Um pedreiro que trabalhou meio período aqui em casa cobrou R$80,00/dia, sendo que no outro emprego era R$ 100,00.
Numa conta simples, deixando os domingos para descanso (coisa que muita gente não sabe o que é lá)  isso dá R$4.320,00/mês. Se fosse comer (bem) no restaurante popular a R$2,oo e pagar aluguel-água-luz-carnê da loja e ainda tivesse seu lazer e coisinhas que os outros não tem lá (forró e cerveja, por exemplo) o cara guardaria R$ 3.500,00 por mês. Se sua esposa fosse ser diarista, cobrando uns R$50,00, R$70,00 era mais uns R$1.500,00, pra sobrar o domingo e pra fazer churrasco.
Resultado: R$60.000,00 ano pra viver no Brasil sem estudo e com emprego que encontra à rodo porque TODOS precisam de pedreiro e diarista e não acham alguém de "confiança".
Em dois anos, casa própria, em 3, carro zero.
Não que os EUA não possa oferecer dez vezes mais que isso.
Mas aqui o cara não vende sua alma ao diabo e deixa sua energia para seu povo.
Porque, conheço pessoas que voltam de lá sem NADA, traumatizadas e ainda por cima, com problemas de saúde.
Aqui, ao menos, ele iria entender que ESTUDAR é a melhor solução.
Um amigo de 22 anos que trabalha com TI ganha cerca de R$4.500,00 no Brasil.
Mora com a família e aprendeu a investir na bolsa.
Porque um cara deste tem que limpar neve e catar minhoca no jardim dos americanos falidos?
Ele vai estar melhor do que qualquer brasileiro (que pensa na besteira de subir para aquilo) daqui a 10 anos.
Já tem um carro, namora meninas bonitas. Tem respeito e dignidade e não se acaba inteiro pra chegar aos trinta, trina e cinco anos com problemas de pessoas de 60.
Eu ralei muito e ainda ralo.
Penso que perdi muito tempo com coisas fúteis que nada me acrescentaram.
Tenho até medo de pensar em quanto paguei de imposto até meus atuais 41 anos. Mas me sinto feliz em saber que estava certo quando todos me criticaram por não ir para aquela M* de país ser mais um chicano correndo atrás de caminhonete pra pintar parede e trabalhar pra italiano estúpido na construção civil.
Eu respeito todos meus amigos e parentes (tem mais gente que passou por lá do que ficou aqui --- Poços de Caldas né...)
Mas sei que nunca seriam pedreiros ou diaristas aqui.
Também reconheço os EUA como o "País das Oportunidades" e sei que seu sistema facilita a todos para que ganhem dinheiro muito mais do que no Brasil. EUA=$
Não sou tolo. O que se faz nos EUA em 01 ano é o equivalente ao que se faria aqui em 04, 05 com o mesmo esforço.
Dinheiro rápido, menos burocracia, meritocracia, justiça social e "primeiro mundo" onde todos tem acesso a quase tudo. Bem diferente das terras tupiniquins.
Temos muito o que aprender com eles. Por seus acertos e erros.
Mas estou imensamente feliz em ter resistido a tentação e investido na minha profissão que NUNCA conseguiria seguir lá.
Em agosto de 2012 completo meus 25 anos de carteira registrada e, ao mesmo tempo, em julho, 14 anos com a minha produtora de vídeo.
Me basta dizer que acredito no meu país, mesmo sendo contra 80% do que vejo aqui.
Mesmo entendendo que nossos políticos são, em sua maioria, uns idiotas, ladrões e corruptos.
Mesmo sendo crítico radical da cultura rasteira, monopólios em todos os setores e os imensos problemas nacionais, que vão desde a distribuição de renda risível e dos resultados pífios em inúmeras áreas de relevância como educação e saúde.
Me resta dizer que estamos há muitas léguas dos EUA em diversos aspectos.
Mas sempre acreditei muito mais em mim do que no povinho inútil que sempre nos governou.
Sou movido por algo que encho a boca e digo sempre: EU AMO MEU PAÍS. Eu amo o Brasil.
E agora, neste momento, me deu uma vontade tremenda de ir esfregar meu dinheiro na cara dos filhos adolescentes dos americanos que fazem seus "bicos".
Pegar a minha filha e fazer os yankees engraxarem meu sapato e tratarem ela como princesa em seus castelos de mentirinha.
Mas ressalto: Nosso "parceiro" é a CHINA.
Hoje entra mais dinheiro Chinês no Brasil do que americano.
O que me deixa mais orgulhoso ainda.
Que comam nossa carne, bebam nosso café e suco de laranja e se esbaldem com nossas commodities. Mas  fiquem quietinhos aí com seu racismo e visão distorcida de super-potência do mundo.
Vocês estão em declínio e nós estamos criando milionários a cada minuto.
Não balizo meus valores apenas nas questões financeiras, mas é uma resposta a vocês que sempre gostaram de humilhar todos que não são nascidos nos EUA ou tem ligações com outros países.
Minha simpatia por vocês, depois de tantos anos e de tantas pessoas que conheci com ligação direta com a sua cultura, aumentou.
Mas vou sempre repetir que vocês gastam seu dinheiro pra estourar bombas atômicas, fazer guerras e financiar bolhas econômicas.
Nós ficamos dançando "ai se eu te pego" na praça junto com pedreiros e diaristas e vamos gastar nosso dinheiro com o serviço de seus adolescentes.
Não adianta nos bajular agora que estão na M*, ainda achamos melhor e mais conveniente conhecer a Europa.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nós: O Glorioso e Bem-humorado Povo Brasileiro!!!

Danilo Gentili diz em seu microblog usando um caso de suposto estupro: "...Esperou uma gostosa ficar bêbada pra transar: Gênio..."
Seu colega "demitido" do CQC havia sugerido algo parecido, porém com o adicional considerado como "alusão à pedofilia" em caso de grande repercussão e afirmou que "Mulheres feias deveriam agradecer caso fossem estupradas".
Fico aqui pensando.
"Estuprador é gênio", "Estuprar é fazer um favor"...
Qual a graça?
Eu preciso entender isso. Tenho uma filha de dez anos. Queria saber a graça em afirmar que faria sexo com um bebê ou em chamar um estuprador de "gênio" (Danilo usou o fato apenas pra ilustrar seu pensamento-piada).
Não sei se estes humoristas possuem filhos, mas os vejo como realmente são: Arautos de uma geração inteira que está se suicidando com o crack e referência máxima de uma parte da juventude que não tem o que pensar, o que fazer, perderam valores, referência, senso crítico e aprenderam a se relacionar com outras pessoas muito mais por intermédio de microblogs e "sites de relacionamento" do que olhando nos olhos e conversando sem usar um teclado. São estes os melhores representantes do status quo atual.

Danilo Gentili esteve em Poços de Caldas.
Na esteira de um problema local tirou graça. Colocou moradores com chapéus e caras de Chico Bento. Andou de charrete, elogiando o "meio de transporte" que nunca foi usado por nenhum morador para este fim e ridicularizou tudo e todos. Disse que ia voltar, mas não voltou.
Eu o combati. Acredito que um problema local deveria ser tratado aqui e mostrar o lado ruim da cidade em rede nacional não iria trazer nada de positivo. Quero que Poços seja mostrada pelo que ela é, não como estava naquele momento. Poços não é um político ou um dono de empresa. Poços é muito maior do que o mais ilustre de seus cidadãos. Porque nós vamos, mais cedo ou mais tarde, mas a cidade fica.
Na ocasião disseram que eu estava defendendo a empresa.
Hoje, passado todo o calor do momento, a única lembrança que ainda resta nas pessoas é que eu fui o único que realmente falou a verdade sobre a empresa e o CQC e Danilo Gentili não serviram mesmo para nada, além de satisfazer os interesses de um grupo que não pensou objetivamente na cidade que saiu perdendo ao ser mostrada ao país de maneira negativa, quando deveria ser louvada pelas suas belezas naturais, clima, ar e qualidade de vida que oferece aos que a amam.
O tempo respondeu rápido, coisa rara.

Tenho certeza que quando Chico Anísio, Jô Soares e outros humoristas consagrados afirmaram que "não há humor comportado" não haviam pensado em um quadro como o que vivemos, afinal, o próprio Jô se viu em maus lençóis ao ser combatido por sua atitude em não ceder uma entrevista a um "personagem" do Pânico e foi execrado (Jô completou 74 anos de idade ontem -16 de janeiro de 2012- e tem mais tempo de carreira do que, talvez, a idade dos pais dos humoristas citados) 
O CQC, (oposto "inteligente" ao "Pânico") nos presenteia com Danilo e Rafinha.
O Pânico nos dá, além de bundas de algumas "dançarinas" apontadas como prostitutas, o "Repórter Vesgo" que sugere ser engraçado engordar quase 20 kg de forma proposital.

As similaridades também levam a audiência a fazer outras análises e comparações, além de "CQC é melhor que Pânico porque é mais inteligente", contrapõem "Praça é nossa" com "Zorra Total", "Domingo Espetacular" com "Fantástico", "BBB" com "A Fazenda" etc.
Somos apegados a comparações.

Rafinha, quando  foi a "bola da vez" tinha sido alçado ao posto mundial de destaque dentro do microblog com seu perfil bilíngue. Aliás, apenas em inglês, com sua "apresentação para contatos internacionais".
Wanessa levantava bandeiras que seguem "tabus" das "minorias sexuais" com siglas cada vez maiores (até agora estamos em LGBTTs). Não fazia muito sentido se ofender com outro "tabu". Mas o fez, cortou a cabeça do seu "algoz" e a discussão se arrefeceu.
Eis que o colega e parceiro em empeendimentos do "réu" surge com sua nova frase.

E aqui estamos nós, brasileiros.
Comemorando o 88º lugar no ranking de educação da Unesco.
Pra mim ISSO é que é crise e não um momento de flutuação financeira.
Ser um país que não conhece o limite do bom senso e aplaude o grosseiro por não ter educação é estar em uma crise.
Uma crise moral, estrutural, social que nos parece atávica, desde quando, reza a lenda, recebemos como "primeiros habitantes" ladrões e prostitutas.
Eles e elas estão aí até hoje.
Ladrões e criminosos na política e em outros setores e prostitutas se exibindo em programas de Tv e "de humor" ao lado de "personagens" que são "politicamente incorretos" (pra usar o termo-fetiche do momento).

Seja honesto(a) e me responda:
-Qual o futuro que você vê para a música, cultura e arte do nosso país?
-Quais rumos o país aponta em tecnologia, desenvolvimento e ciência?
-Como sair do lamaçal em que se encontra nossa educação (Lembrando: mantivemos a mesma colocação no ranking da Unesco em 2010 para 2011)?
-Como se opor a tudo isso?
-E os que não acham graça em determinados "personagens" de programas "de humor" ou não assistem programas em que se embebedam pessoas para serem "supostamente estupradas"?
-Quem somos?
-Quem seremos?
E, o mais importante: Nos resta muito mais além da indignação?

sábado, 14 de janeiro de 2012

Início dos estudos sobre a mente, consciência e não-mente

Este vídeo de introdução, mostra o que considero um "ponto de partida" sobre os estudos que estou desenvolvendo. Espero que gostem.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O monge e o troll

Primeiro vídeo do blog.
Espero que gostem e que eu possa gravar outros se o pessoal aprovar.
Abraços.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Núcleo de Gordinhas

Acabo de ver na Veja o "Núcleo  de Gordinhas" da novela Aquele Beijo (cuja audiência é capenga, o que comemoro porque estou no ar no mesmo horário).
Como novelas são esboço da bíblia satânica pra mim, eu assisto novelas pela revista anti-petista Veja.
Quem anda comigo no carro se assusta quando aumento apressadamente o volume do som e fecho os vidros ligando o ar.
Tenho  sempre que explicar o motivo.
Eu tenho um tipo de TOC que guarda diferenças pontuais entre os sintomas dos casos comuns. Para distinguí-lo, eu o classifiquei livremente como "TOC reativo".
Como agora, algumas pessoas resolveram copiar/colar meus textos dizendo ser seus, meu desejo é que um psicólogo expressivo copie/cole o TOC reativo.
Funciona assim:
Vejo que serei atacado por poluição sonora "musical".
Por exemplo, uma música breganeja, um "funk" imbecil e coisas do tipo.
Como, em geral não ouço som alto no carro e, quando estou acompanhado, prefiro conversar (claro, com som desligado ou baixo),   ao identificar que se aproxima uma caixa de marimbondos com boom boom ou que alguém quer que TODOS saibam que a-d-o-r-a "funk" ou a música "Ai se eu te pego" eu imediatamente subo os vidros e ligo o som.
É um TOC.
Posso apenas deixar o infeliz passar e ir embora com seu Michel (sobrenome-que-não-sei-escrever).
Mas como ficar imune a um som que penetra no seu cérebro como um monstro de Alien o Predador e entra em suas entranhas inoculando dentro de sua alma um eco infernal que lhe faz repetir "delícia blá blá blá" por quatro horas seguidas ou até que durma (ou mesmo depois)?
O cara passa com o carro, você ouve a frase que se repete interminavelmente e depois que o cidadão está espalhando suas fezes sonoras bem longe de você o eco está repetindo em seu cérebro. Coisa do demo isso.
Melhor não ouvir.
Aumento o som, falo mais alto, fecho o vidro e crio uma armadilha mental contra monstros do Alien o Predador.
É desagradável para quem está junto (que normalmente se assusta).
Mas nos tempos te hoje, basta um nome e tudo se resolve. Neste caso, três letras: TOC.
Ao interlocutor só dou o direito de resposta com duas letras: Tá.
Mas e se o Michel fosse uma gordinha sensual?
Seria algo complicado pra mim.
Continuaria detestando a poluição sonora musical, mas teria alguma afeição por quem empunharia o microfone para divulgá-la em clips do youtube ou no Faustão (apesar de, se depender de minha audiência no segundo caso, nunca a conheceria).
É o dilema que vivo agora ao saber que há um "Núcleo de Gordinhas" em uma novela.
Melhor que não soubesse. Melhor que algum tarado por gordinhas fizesse uma colagem de todas as cenas delas na novela e postasse no youtube ou outro site. Desde que se preocupasse em não inserir os textos e a trama.
As novelas foram feitas para segurar as pessoas todos os dias naquele horário, naquele canal.
Por isso que eu incentivo as pessoas a assistirem ao meu programa "On Demand".
Não precisa estar naquele horário sentado em frente a tv.
Mas o meu caso é nobre, quem está assistindo pode interagir, perguntar, participar.
As novelas não.
Se eu pudesse participar diria ao autor da novela (Fallabela?):
-Transforme tudo em uma agradável comédia.
-Tire o protótipo babaca de "Galã" e coloque caras normais bonitos ou não, mas que expressem sua beleza de várias formas que não seja apenas a física.
-Fale sobre coisas que nos deixem felizes e  NUNCA queria fazer panfletagens e "campanhas" do tipo "leucemia Mielóide Aguda". Isto é passatempo e entretenimento. Sem aborrecimentos desta natureza, por favor.
-Não seja tão explícito nos merchans a ponto da gente pensar que estão nos querendo enganar (isso nos afasta do produto em vez de nos aproximar)
-ESQUEÇA a necessidade de ter um vilão e um mocinho. Pense em uma novela só com vilões sacaneando uns aos outros. É mais próximo de nossa realidade. Ou comece apresentando todos como mocinhos mostrando ao final que são profundamente falsos o que também nos aproxima da realidade.
-Aliás, mostre a realidade. Pessoas sem maquiagem quando acordam, por exemplo. Desperte as pessoas do "sonho" em que vivem sem ter que criar novos sonhos para que se aguentem e preencham o enorme vazio interior que possuem por viver apenas dentro de um sonho 100% de suas vidas.
Mas mantenha apenas uma coisa: O núcleo de gordinhas.
Não vá colocá-las com diabetes, problemas cardíacos, brigas com a balança, humilhações e xingamentos na rua.
Mostre-as com glamour, mostre-as com um delicioso e malicioso olhar de "politicamente incorreto". Mostre suas estrias e celulites e tudo aquilo que todas as mulheres, inclusive magras, possuem e tentam esconder com o photoshop.
Se for para sacanear as gordinhas, mostre que mulheres magras também sofrem com infinitas doenças, são chatas e antipáticas que também são alvos de duras críticas. Mostre que há mais casos de AIDS entre as mais bonitas do que as consideradas "feias". Mostre as mais bonitas usando sua beleza superficial como moeda pra conseguirem facilidades e benesses variadas.
Mostre os galãs (aqui é aceito o protótipo babaca) babando por mulheres gordinhas.
Traga a tona o que mais interessa: seus valores, alegria, simpatia, superação.
Apresente ao país uma quantidade enoooooome de homens (eu me incluo em primeiro na fila) que as amam, admiram, desejam e que as tem como "sonho de consumo".
Quem sabe muitos homens hipócritas e fantoches da sociedade comportamental ditatorial em que estamos, deixem seu preconceito de lado e as assumam.
Apresente-as como são em sua maioria: mais verdadeiras e autênticas.
Mostre-as com a convicção de que são desejadas.
Claro que não há distinção entre elas e as magras.
Mas, de uns tempos pra cá, esta história de avaliar uma mulher pelo número da balança é algo que foge de qualquer lógica.
Nós vamos continuar achando a Gisele Bundchen ou a Angelina Jolie lindas, mas muitos perderão o medo de admirar e assumir que amam quem amam, mesmo que não estejam com o mesmo peso que elas na balança.









(Lembranças a Keka e http://mulherao.wordpress.com/  ---- Pq a matéria me fez lembrar delas mesmo rsrsrsrsr )

O vídeo com a tradução


Fiz uma adaptação de um vídeo que fizeram com a música do U2 e  a tradução da música com o sambô ao fundo.
Ficou meio "macabro". Mas é o que é.
Quem sabe eles retiram do repertório e emplacam um outro hit qualquer, dando-se ao trabalho de, ao menos saber o que estão cantando.
Em tempo: Pela primeira vez desde final de 2007 eu registro leitores da Irlanda no blog. 43 até o momento. Devo isso, talvez, ao Google, tanto pela pesquisa, quanto pela tradução. E olha que tudo começou com um carro de som que passou na porta da minha casa e uma simples observação no Facebook. Depois ainda duvidam da tal "globalização'.
 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Sambô Bloody sambô

O "orgulho de Ribeirão Preto" fez uma grande apresentação em minha cidade.
Os caras fazem um samba de primeira.
Meu filho, por exemplo, adora a banda. Suas amigas também. Eu também.
Homens e jovens, em geral, bêbados e chapados e mulheres lindas dançando alegremente ao som do maior hit deles.
Aliás, maior hit do U2 que eles fizeram uma versão. Destaquemos o original.
Eu queria ser esperto como estes caras.
Pegar músicas que todo mundo conhece, fazer todas em ritmo de samba e pronto.
Mas aí eu estaria copiando eles, que por sua vez copiam outros. Eu seria a cópia, da cópia da cópia.
Ia colocar o nome da banda de Xerocô.
Mas poderia pegar músicas conhecidas e fazer em outro ritmo para diferenciar.
Minha "banda" seria em ritmo funk e se chamaria xerococô pra combinar a cópia (xerox) com o estilo musical (funk) --- nas duas sílabas finais, a alusão ao que considero o melhor elogio ao estilo.
Vou "tocar" Back in black de AC/DC em ritmo funk.
"E vai descendo back in blaaaaaaaaaaack"
Ficaria perfeito!
Eu vou montar uma banda funk com cópias de músicas conhecidas.
Tipo: "Vai like a virgin vaaaaaaai"
Virgin? Funk?
É...
Não dá...
Mas também não dá Sunday Bloody Sunday em ritmo de samba.
Pessoal, por favor, sei que sou chato A-P-E-N-A-S com questões ligadas a música, cinema, literatura e artes em geral.
Sei que o povo fica p* quando eu critico o que "todo mundo" gosta.
Mas PELAMORDEDEUS.
Alguém que ouviu Sambô cantando Sunday Bloody Sunday e curtiu os caras todos alegres cantando esta música já pensou no que está acontecendo?
Minha conclusão:
NINGUÉM SABE O QUE SIGNIFICA A LETRA DESTA MÚSICA.
Portanto, digo aos senhores e senhoras que vão sambar alegremente com o Sambô:
Sunday Bloody Sunday (Domingo, sangrento domingo) trata em sua letra - por sinal ainda no estilo politico e "de protesto" que marcou o início da banda U2 - de uma data terrível onde  tropas britânicas atiraram e mataram manifestantes que lutavam por direitos civis na Irlanda.
Trechos da música:
Broken bottles under children's feet - Garrafas quebradas sob os pés das crianças
Bodies strewn across the dead-end street - Corpos espalhados num beco sem saída.
And mothers, children, brothers, sisters torn apart - E mães, filhos, irmãos, irmãs dilacerados.

And today the millions cry - E hoje milhões choram
We eat and drink while tomorrow they die - Comemos e bebemos enquanto eles morrem amanhã

 Pessoal, na boa, assistam novamente ao clip e vejam todos alegres e sorrindo dançando um sambão rasgado com uma letra destas.
Eu, por ter sido contemporâneo ao lançamento da música e por ela ter sido uma das primeiras músicas que tirei na bateria e que toquei em uma banda de rock, acho estranho demais.
Todo mundo rindo, alegre cantando esta música é algo que não entendo. A gente tocava isso com "raiva" e "revolta" antes. Nós, que éramos jovens de 14, 14 anos, sabíamos o que significava aquela música e seu peso social e político.
A conclusão é que agora, ninguém sabe o que está acontecendo.
No meio da música o cara fala "Ô nego véio" e volta pra letra.
O cara com aquele sotaque estranho... Simplesmente não sabe o que está cantando.
Mas, ao menos para mim, está entre os melhores cantores do estilo no brasil.
Canta e canta muito. E não é qualquer um que segura um "Bono Vox".
O som é ótimo.
A banda é ótima.
E a canção do U2 é uma das mais belas do rock...
Mesmo assim.
Ver aquele povo todo sorrindo e feliz com uma canção destas me causa uma sensação esquisita demais.
O que me faz pensar que tenho que ficar quietinho e não dar opinião sobre nada do que vejo.
Ou abrir o coração e tentar ver se a banda repensa um pouco o repertório, porque, afinal, existem "Milhões" de música que podem virar samba. Inclusive músicas do U2 que não tratam de mortes, assassinatos, fuzilamentos e famílias que perderam seus entes queridos.
Os caras tem uma banda sensacional.
O ritmo e o entrosamento chega a ser hipnotizante.
Mas...
Criatividade é ZERO porque quando pego uma música consagrada e lanço em um ritmo diferente eu não crio absolutamente NADA porém, ao mesmo tempo, agrado a TODOS.
Especialmente aqueles que não sabem falar inglês e não entendem sobre a questão cultural que envolve uma canção como esta.

Fica aqui o regsitro e a homenagem aos que morreram no massacre sangrento com tiros na cabeça e por todas as partes do corpo (reparem a idade da maioria):

John (Jackie) Duddy (17).
Patrick Joseph Doherty (31).
Bernard McGuigan (41).
Kevin McElhinney (17)
Michael Gerald Kelly (17)
John Pius Young (17)
William Noel Nash (19).
Michael M. McDaid (20).
James Joseph Wray (22). 
Gerald Donaghy (17)
Gerald (James) McKinney (34)
William Anthony McKinney (27)
John Johnston (59)

Meus sinceros respeitos a todos os familiares das vitimas que foram fuziladas neste dia e, por favor, apesar de parecer, nossos jovens não estão felizes pelo assassinato dos seus jovens. O problema é que seus jovens com consciência política, engajamento e inteligência são um pouco diferentes dos nossos jovens que não conhecem a cultura e não sabem sequer balbuciar a língua de vocês. Seus jovens, buscando lutar por um ideal morrem nas praças. Nossos jovens dançam samba nas praças. Isto é Brasil.
E vocês, que já não nos levam a sério, continuem assim. Não queremos provocar a IRA de ninguém. Somos apenas desinformados, apáticos, sem cultura e consumimos o que está na moda sem nenhum raciocínio ou senso crítico. Somos o povo "mais alegre do mundo" e podemos dançar e festejar até massacres horrorosos.

Aos fãs dos Sambô:
Excelente cantor.
Banda maravilhosa. Bons músicos. Talentosos.
Mas um enorme desperdício. Uma das "revelações" do pagode (samba-rock?) do Brasil, poderia produzir som autoral (sem ficar na mesmice vigente de tratar dos mesmos assuntos dos breganejos e afins). Com uma banda destas, um cantor destes, o potencial é grande, inclusive para adicionar novos elementos, timbres e sacadas. Ou, se for pra manter o esquema copiar-com-nova-roupagem que seja para escalar mais hits de sambas antigos que foram esquecidos. Uma miríade de canções maravilhosas que não chegaram aos jovens de hoje porque não foram convertidas em mp3 e nossos jovens agem, as vezes, como bebês: querem comida semi-digerida na boca, papinha. Querem tudo pronto para que enfiem goela abaixo e, mesmo que o gosto seja em princípio ruim, olham com suas caretas um para o outro e engolem.
O Sambô seria um projeto de resgate cultural do partido-alto, maxixe, samba de breque, choro, gafieira e tantos estilos esquecidos que tiveram origem no samba. Tudo pode ser feito nesta "nova roupagem" e nós seremos brindados com jovens que cantam músicas de Noel, Pinxinguinha, Cartola, Dolores Duran, Moreira da Silva, Donga, Ary Barroso, Zé keti, Nelson do Cavaquinho, Bezerra da Silva, Almir Guineto, Jorge Aragão, Jovelina Pérola Negra e muitos e muitos outros que me fogem a memória agora.
Claro que a "Madonna" pode entrar, claro que as músicas incidentais são bacanas tb. O resumo: Dá pra "melhorar". 
Sugiro que, mesmo que queiram se divertir com mortes e assassinatos cruéis, o façam com consciência e respeito. Fossem pais ou parentes seus, talvez não iriam dançar, sorrir e se divertir tanto, devida a forma cruel e desumana que foram tratados e pela causa que deram a vida.
Entrem no google, vejam o que ocorreu em 72 no país da banda U2 (Irlanda).
Digitem lá "Domingo Sangrento" ou "bloody sunday" e vejam as imagens.
Pesquisem.
Eu adaptei um vídeo com estas cenas e a tradução da letra do U2 com a versão do Sambô ao fundo.
Assistam ao vídeo, ficou uma coisa meio "macabra". Apenas peguei um vídeo com a tradução e sincronizei com o som e me assustei. A proposta é: procurem entender melhor o que ocorre e se divertam continuando a levar diversão a todos.
Afinal, estamos no Brasil onde tudo, se não acaba em pizza, termina em samba.

Sambô?

Steve Jobs é um bosta

Tirei uma foto com minha namorada e não encontrei o bendito cabo usb pra passar a foto para o computador.
Neste meio tempo fiquei pensando: Pra que então tirar uma foto com uma namorada se não podemos colocar no Facebook?
Pensei se deletaria a foto ou sairia mais uma vez do Facebook (eu deletei minha conta do Facebook duzentas vezes desde quando ele foi criado).
Não estava nem um pouco interessado em descobrir como mandar fotos para o Facebook pelo celular (se começar a fazer isso, corro o risco de regridir 20 anos na minha idade mental) e estava mesmo empenhado em me despedir dos meus "amigos" de novo.
Mas aí me lembrei que perdi um tempo danado pra fazer a tal "linha do Tempo" e que os posts do Facebook são realmente uma ode ao ego. Meu momento de falar besteiras fora do blog e ser lido. Porque o blog tem uma média de 1.000 leitores/mês e tenho mais "amigos" do que isso no Facebook.
Este blog é uma tentativa fracassada de ter leitores, mas sempre sou prolixo e isso espanta a geração twitter que é quem se interessa por blogs de desconhecidos e inexpressivos como eu.
Queiram ou não, isso aqui é pra textos gigantescos onde posso desabafar e Facebook não.
 Lá a gente pode mostrar que é inteligente postando links de sites inteligentes.
Nós somos super bem humorados quando postamos alguma coisa de um grupo de piadas e afins.
Podemos colocar um post com uma seta pra nossa foto e dizer "esta pessoa" alguma coisa.
Os homens podem colocar foto de gostosas, as mulheres de homens semi-nus com barriga-tanquinho e ninguém é taxado como putanheiro ou galinha.
Somos sensíveis mostrando vídeos ou fotos que tocam o coração das pessoas e as emocionam.
Usamos frases alheias, em geral piegas e temos coragem de dar a entender que são de nossa autoria.
Somos "descolados" porque surpreendemos as pessoas com textos ou opiniões que todos dão joinha e comentam.
O Facebook é uma oportunidade de todos nós, que somos uns bostas, podermos nos sentir fodões.
O Facebook é uma merda.
Aliás, quem fica falando merda e bosta em textos de blogs é um cú.
Voltei minha atenção então pra foto. A qual minha namorada está linda e eu estou horrível. Claro.
Pensei em deletar aquela foto, ir dormir e pronto.
Mas aí me veio um peso enorme quando pensei em ouvir minha psicóloga falar sobre o que significa esta atitude se aquele dia fosse um dia sem necessidades urgentes e fosse relatar o ocorrido de hoje por falta de algo mais relevante.
Mas o motivo do preâmbulo desta história é que minha total falta de interesse em deletar meu Facebook e a tal foto me fizeram pensar em dar uma atenção ao ícone de Bluetooth que sempre vejo aqui no computador desde que o comprei uns meses atrás.
Então fiz o tal do "emparelhamento", as senhas, o envio e estas coisas de bluetooth.
(Aliás, o que tem o "dente azul" com isso?)
Pois bem.
Mandei a foto pro pc, fiz o crop no Photoshop e postei no Facebook.
Pronto, já podia ir dormir e esperar joinhas e comentários no outro dia.
Mas eis que me surge um programa que torna o meu celular um "controle remoto" do pc.
Aí vem o tocador de músicas do celular que toca as músicas no pc e mais um monte de novas "funcionalidades".
Toda vez que acontece coisas assim eu fico puto com o Steve Jobs.
Eu sei que não se fala assim de quem morreu, mas eu prefiro as teorias conspiratórias que falam que o Elvis Presley está vivo em alguma cidade do interior dos EUA e vai completar amanhã (seu aniversário é em 8 de Janeiro) 77 anos (e para os que gostam de datas iguais e coisas igualmente imbecis: morreu em 77     O.o)
Steve Jobs não morreu.
E se morreu mesmo, prefiro a teoria. Apenas pra continuar achando-o um bosta e para ter quem odiar toda vez que fico sem dormir com coisas assim.
A biografia de Steve Jobs me deixou mais confiante na sua "bostisse".
Ele era truculento, autoritário, teimoso e agia por instinto. Agir por instinto em mercado corporativo é para homens-bosta. Destratar pessoas e se auto-endeusar também.
Era um cara de sorte. Sim, no final, depois de ter falido e lambido a sarjeta dos fracassados ele se deu bem.
Mas, porque, em nome de Javé, tive que descobrir que meu celular controla meu pc?
Eu acho meu pc melhor do que um mac e é mesmo. Meu cel, bem, me perdoem, o HTC é melhor que o IPHONE com siri ou com lagosta.
Li em um blog de mais um desconhecido e inexpressivo dia destes que o preço pra se viajar aos EUA e comprar o IPHONE4s é mais barato do que comprar o aparelho no Brasil na FNAC.
E ficou mais engraçado ver babacas nerds fazendo fila pra comprar um aparelho que tem como novidade o tal siri que só funciona em inglês e quando vc pede para indicar um local pra comer feijoada mostra restaurantes só dos EUA. Aliás, o siri não tem NADA nacional. Você pergunta "Siri nearest metro station" e ele responde " Chambers ST - Brooklyn Bridge Station". Pow aqui não é a ponte do limão?

O Steve Jobs é responsável por eu ter comprado Tablet, aparelhos que rodam MP3 e a quantidade absurda de porcarias tecnológicas as quais sou viciado por alguns meses e depois vejo que paguei uma grana que poderia dar para uma criança que come migalhas de pão no chão na Indonésia. Aí chego ao ponto de querer matar novamente o Steve Jobs quando o encontrar vivo. Porque vc me viciou nisso Jobs?
Será que o Kassab me expulsaria de minha casa se descobrisse que meu "crack" são aparelhos tecnológicos e que não consigo me livrar deles?
Agora estou aqui, reproduzindo do celular no pc o SOAD que só ouvia com o fone no celular, sendo que eu peguei o SOAD do próprio pc.
E não preciso mais do cabo usb.
Steve Jobs vai ler este post em uma cidadezinha do interior dos EUA utilizando o tradutor do google, provavelmente ao lado do Elvis que prepara seu bolo de aniversário com 77 velinhas e vai postar com seu IPAD2 em um perfil fake do Facebook um ataque a minha pessoa dizendo: Este tal de Clayson é um bosta. Antes que me mate vou pedir para o Kassab destruir sua casa.