Algo que está tacitamente institucionalizado de uns tempos
pra cá nas redes sociais é “Instituto do Desrespeito“.
Os ataques são comuns, sejam por meio de perfis falsos ou não.
Tenho 42 anos e peguei o finalzinho de um tempo onde ninguém enfiava o dedo na cara de um deputado, prefeito, pessoa pública ou autoridade em geral pra falar um monte de desaforos como se esta atitude fosse aceitável. Cresci em uma época onde me ensinaram que deveria “respeitar os mais velhos”.
Aprendi a "respeitar pra ser respeitado", “me colocar no meu lugar”, fui criado em uma realidade onde havia esta reverência respeitosa, não apenas por uma questão de hierarquia ou de autoridade constituída, mas por uma questão de educação mesmo. EDUCAÇÃO.
Estamos agora em meio a um triste momento de afrontas e xingamentos apenas “por esporte”. Assusta ver que o mal educado se sente no direito de falar o que quer, como quer e onde quer. Ao ser contestado responde com fúria e se sente agredido no seu direito de "livre expressão", como se não houvessem mais os artigos que tratam sobre calúnia, difamação, falso testemunho, injúria e afins no nosso código.
Pessoas acham graça e acreditam ser "normal" falar toda sorte de palavras chulas possíveis. Um "engraçado ofensivo".
Quem dava risadas com o Costinha ou Ari Toledo, com seus LPs de piadas, deve achar estranho a utilização moderna dos palavrões.
Eles se transformaram em figuras de linguagem mimetizadas ao vocabulário cotidiano. Perderam impacto e relevância para se unir ao tom jocoso e sempre irônico.
Hoje qualquer pessoa pública que se aventurar em uma rede social, corre o risco de ser execrado de forma gratuita e vil.
O criminoso, por diversão macabra, inventa histórias, acusa falsamente, faz "cobranças" e trata o outro com uma falta de senso que não encontra precedentes.
Com isso estamos neste dilema:
Aquilo que seria o grande avanço das redes sociais que é a democratização da comunicação, através do contato direto com todos, algo que nivela comuns e incomuns em um mesmo patamar social, se revela uma deturpação completa do conceito de "vida compartilhada". O social se tornou constrangedor, o inteligente se tornou ignorante. O sorriso para vida é entrecortado pela arrogância e prepotência prementes.
Em tempos de poucos valores e muitos desencontros, nossa sociedade se desnuda frente ao total despreparo de parte da população em se projetar um centímetro fora da tela de um computador.
Com um perfil nas redes sociais e com absolutamente nada na cabeça, os ignorantes se proliferam, mostrando uma faceta podre e nefasta do que ainda se considera "elite" social do pais, que são os que possuem computador ou tem conhecimento para utilizá-lo em lan houses.
Se este é o nível de parte desta elite social, imagine o que nos espera se todos forem catapultados a este patamar.
O que nos traz um alento é que aqueles com pouco traquejo para as modernidades tecnológicas se encontram entre os mais simples e com mais idade. Para maioria deles, a palavra respeito ainda possui algum significado e, mesmo que alguns sejam desprovidos da educação formal, o Instituto do Desrespeito ainda não os alcançou. Neste caso, não apenas por uma questão de educação, mas de princípios.
Os ataques são comuns, sejam por meio de perfis falsos ou não.
Tenho 42 anos e peguei o finalzinho de um tempo onde ninguém enfiava o dedo na cara de um deputado, prefeito, pessoa pública ou autoridade em geral pra falar um monte de desaforos como se esta atitude fosse aceitável. Cresci em uma época onde me ensinaram que deveria “respeitar os mais velhos”.
Aprendi a "respeitar pra ser respeitado", “me colocar no meu lugar”, fui criado em uma realidade onde havia esta reverência respeitosa, não apenas por uma questão de hierarquia ou de autoridade constituída, mas por uma questão de educação mesmo. EDUCAÇÃO.
Estamos agora em meio a um triste momento de afrontas e xingamentos apenas “por esporte”. Assusta ver que o mal educado se sente no direito de falar o que quer, como quer e onde quer. Ao ser contestado responde com fúria e se sente agredido no seu direito de "livre expressão", como se não houvessem mais os artigos que tratam sobre calúnia, difamação, falso testemunho, injúria e afins no nosso código.
Pessoas acham graça e acreditam ser "normal" falar toda sorte de palavras chulas possíveis. Um "engraçado ofensivo".
Quem dava risadas com o Costinha ou Ari Toledo, com seus LPs de piadas, deve achar estranho a utilização moderna dos palavrões.
Eles se transformaram em figuras de linguagem mimetizadas ao vocabulário cotidiano. Perderam impacto e relevância para se unir ao tom jocoso e sempre irônico.
Hoje qualquer pessoa pública que se aventurar em uma rede social, corre o risco de ser execrado de forma gratuita e vil.
O criminoso, por diversão macabra, inventa histórias, acusa falsamente, faz "cobranças" e trata o outro com uma falta de senso que não encontra precedentes.
Com isso estamos neste dilema:
Aquilo que seria o grande avanço das redes sociais que é a democratização da comunicação, através do contato direto com todos, algo que nivela comuns e incomuns em um mesmo patamar social, se revela uma deturpação completa do conceito de "vida compartilhada". O social se tornou constrangedor, o inteligente se tornou ignorante. O sorriso para vida é entrecortado pela arrogância e prepotência prementes.
Em tempos de poucos valores e muitos desencontros, nossa sociedade se desnuda frente ao total despreparo de parte da população em se projetar um centímetro fora da tela de um computador.
Com um perfil nas redes sociais e com absolutamente nada na cabeça, os ignorantes se proliferam, mostrando uma faceta podre e nefasta do que ainda se considera "elite" social do pais, que são os que possuem computador ou tem conhecimento para utilizá-lo em lan houses.
Se este é o nível de parte desta elite social, imagine o que nos espera se todos forem catapultados a este patamar.
O que nos traz um alento é que aqueles com pouco traquejo para as modernidades tecnológicas se encontram entre os mais simples e com mais idade. Para maioria deles, a palavra respeito ainda possui algum significado e, mesmo que alguns sejam desprovidos da educação formal, o Instituto do Desrespeito ainda não os alcançou. Neste caso, não apenas por uma questão de educação, mas de princípios.
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