quinta-feira, 24 de julho de 2008

Como me livrar do "Monstro do dever"?

MONSTRO do dever?

Enquanto tratar o dever desta forma, este dever se tornará um monstro que não para de crescer e vai invadir cada poro do seu corpo!

Imagine se nós transformássemos o ato de beber água em um "monstro do dever"?
Sim, temos obrigação de beber água se quisermos ter uma vida longeva e saudável. Temos o dever de cuidar da nossa saúde.

Mas porque o dever de cuidar da saúde não é um "monstro"?

Porque pensamos que cuidar da saúde é algo natural, plausível, necessário e mesmo indispensável.
Há uma lógica no dever de cuidar da saúde. Porque conhecemos os resultados: mais qualidade de vida, mais condições de aproveitar tudo o que a vida nos oferece (dentre outras coisas).

Então nos vemos tomando água porque estamos com sede e não porque temos o dever.

Mas tudo bem. Abriremos mão deste empirismo todo e entremos no seu tema de forma mais direta: Nossas Obrigações.

Usarei um exemplo pessoal para ilustrar.
Sou um consultor político de profissão.
Trabalho com MKT Político.
Como sabes, estamos em um período pré-eleitoral.
Em função dos meus deveres, estou a, pelo menos uns 20 dias a um mês sem fazer algo que gosto muito que é entrar aqui e conversar com as dezenas de amigos(as) da comuna. Tb deixei de fazer várias outras coisas que amo. Como praticar meus exercícios regulares, conviver com meus familiares, minahs meditações regulares, etc.

Você acha que me sinto mal por isso?

Ora. Sei que, de dois em dois anos, vivo 3 a 4 meses em uma atividade profissional frenética. Portanto é natural pra mim isso. Todos que me cercam sabem disso e é natural para eles também. E todos os que requisitam os meus serviços esperam isso de mim.

E o principal: EU A-M-O O QUE FAÇO!

Então, não existe a mínima possibilidade que eu considere meus deveres como "monstros"! Mesmo que esteja agora "me desviando" de uma série de coisas as quais muito preso.

Está claro pra mim que, quando nos referimos a qualquer coisa como "monstro" (sejam deveres, sentimentos, situações, time de futebol etc.) estamos, na verdade, mostrando e materializando nossa aversão. É como se dissesse "Hmmmm aqui há um conflito!"

Então, nestes casos, temos que analisar de forma mais ampla a questão: Porque estou criando este conflito em minha vida?

Quando buscamos esta e outras respostas, tudo começa a clarear.

1º: Há um conflito entre meu sonho-desejo e minha realidade? Ou seja, meu desejo me complementa à partir do ponto onde estou ou traz uma revolução, uma guinada total?

2º: Criei ou "inventei" um desejo conflituoso apenas porque estou insatisfeito com minha realidade? ---Muitas vezes, a sintonia da insatisfação traz um desejo conflituoso apenas para que tenhamos ainda mais insatisfação.

3º (e mais importante): Estou preparado para este desejo? Estou pronto para a mudança?

É claro que desejos se materializam!
Mas somente pelo caminho do preparo e do aprimoramento.

Tudo o que queremos, todas nossas realizações sempre ocorrem na hora certa.
Os metafísicos chamam esta hora de MOMENTUM. Aquele átimo de segundo onde tudo se encaixa e há então a chamada realização.

Este é um acontecimento mágico que não ocorre ao acaso ou deliberadamente. Há sempre uma movimento que o gera. Pode ser um desejo, uma prece, uma mentalização ou mesmo um ato mais concreto como o planejamento decorrido de uma ação específica.

Acredite: "Monstros" não geram acontecimentos como este.

Procure primeiramente identificar os motivos de abordar sua vida desta forma. Procure pensar em cada dificuldade, em cada ato de sacrifício como um degrau, uma ponte.

Normalmente, o momentum é gerado por uma atitude de superação e a realização vem não como um prêmio, como muitos pensam e esperam.

A realização é uma consequência natural de uma atitude construtiva e sempre positiva.

Nenhum comentário: