terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Este povo que quer tirar nossa felicidade...



Eu desconfio que seja assim em todo lugar, ao menos nas cidades de interior ou nas micro-cidades dentro das metrópoles.

De tanto frequentar São Paulo e de tanto frequentar os míseros lugares aos quais não se é obrigado a ouvir música ruim e deparar com pessoas ruins, se descobre que os lugares bons com pessoas interessantes são sempre os mesmos e as pessoas idem.

Portanto percebe-se que morar em São Paulo pode ser o mesmo que em uma cidade pequena: Vemos as mesmas pessoas e nos habituamos a ir aos mesmos lugares. Mas estamos em São Paulo (o que, como constatado, não muda nada), uma metrópole.

Mas não falo de São Paulo, nem falo de cidades de interior.
Quero mesmo é falar de Poços de Caldas e de mim.
Citei São Paulo e cidadezinhas porque minha desconfiança é que esta história se repete em outros lugares, porém não faz muita diferença se for uma peculiaridade apenas de minha cidade natal.

Quero falar sobre recalque e sobre a capacidade infinita das pessoas de ficarem “magoadinhas” e “chateadinhas” e, em função de suas próprias fraquezas e limitações, tentam de todas as formas arquitetar vinganças e se pautar em revanchismos baratos, na busca por apagar nossa luz ou tirar nossa felicidade.

Fato: hoje, conversando com um amigo no shopping, passou uma ex-colega de trabalho que fez questão de não me cumprimentar e nem sequer olhar na minha cara.
Fiquei intrigado com o motivo desta tremenda falta de educação.
Eu sou uma pessoa desatenta na maioria das vezes. Penso milhões de coisas ao mesmo tempo. Não é difícil passar por alguém na rua sem a cumprimentar. Mas se a pessoa não é magoadinha e orgulhosa e me chamar ou dizer “hey Clayson!”, ganhará um grande sorriso e um “olá!” que pode se estender para alguma conversa informal se eu não tiver apressado e perceber que a pessoa também não está.

Mas a ex-colega de trabalho me intrigou. O que será que eu fiz para a criatura?
Conversamos por algumas vezes. Pelo menos uma vez em que ela apareceu na TV depois de sair eu a cumprimentei e conversamos.
Não somos o que poderia ser classificado como “amigos”, mas nunca iria fazer alguma falta de educação com ela (e nem com nenhum outro ser vivo no planeta terra – não intencionalmente, como ele fez).
E fiquei, como ainda estou, muito intrigado.

Explico: Depois que me candidatei a vereador, aconteceram situações “estranhas”. Algumas pessoas que, sequer se deram ao trabalho de me conhecer de fato e que não fazem parte de meu seleto grupo de amigos ou conhecidos, se auto-declararam meus “inimigos”.
Estes inimigos (graças ao bom Deus, em ínfima quantidade) se entregam ao infantil e estúpido ato de espalhar ofensas a meu respeito. Depois da candidatura, deixei de ser um “sucesso” na Tv para me tornar “chato”. Deixei de ser “indispensável” para me tornar “desinformado” e até o programa que tem grande audiência, passou a ter “pouca audiência”. Estou sempre ruim ou péssimo para meus “inimigos”.
Eles chegam aos meus superiores para espalhar seu veneno, tentando colocar em dúvida meu trabalho e minha capacidade. Espalham mentiras para aqueles que não me conhecem e não tem opinião formada a meu respeito.  

Há algo de curioso nesta história (providência divina): Todos eles, sem exceção, “se mostram” de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde.
O problema é que, quase sempre, não sei os motivos que os levam a me rotular como “desafeto”.
Era ótimo saber os motivos que os incomodam tanto. Poderia aprender e me aprimorar com isso. Poderia ser uma pessoa melhor. Mas, seguramente, se basear meu comportamento no pensamento de pessoas de índole má, meu conceito será abalado perante as boas e retas pessoas as quais não preciso me importar tanto sobre o que pensam a meu respeito. Principalmente porque estas pessoas já me aceitam como sou. A maioria já faz parte das minhas amizades.

Mas fica o desejo.
Um desejo-necessidade de entender.
É uma regra de raciocínio lógico que me acompanha. A compreensão é algo desejável.

A tal ex-colega de enigmática e surpreendente aversão me leva a pensar em tudo o que provoca este turbilhão de pensamentos, elucubrações, subjeções que tomam de súbito minha mente.
É grande desafio: a tentativa de procurar entender o inteligível.
No fundo, já sabemos que não há unanimidade (sendo ela, declaradamente, “burra”).Sigo mais atento pelas ruas.
Vou procurar cumprimentar mais as pessoas.
Só não deixarei de ser franco, sincero e honesto.
Minha conclusão é que mais vale uma ex-colega ser mal-educada do que me cumprimentar e falar mal pelas costas. Ao menos sei que dali não sairá nada de bom a meu respeito.


Quanto a mim?
Oras, se não tiver maturidade e capacidade para compreender as minhas limitações e as dos outros, nunca serei feliz e ser feliz é a meta em que me ocupo no momento. 

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