Não sei mais por onde me oriento: Twitter, Orkut, Facebook, Msn, grupos do Yahoo e Gmail, Blogs, My Space, Site...
Estou tão atabalhoado com estas ferramentas de internet que nem sei mais onde fico.
O resultado é que acabei não ficando em lugar nenhum.
Desisti temporariamente de tudo e fui viver minha vida.
Então sou pego de surpresa com algo maravilhoso: Ao buscar minha vida, encontrei pulsando um coração que já estava ficando meio avacalhado.
Abrindo os olhos, me vejo enaltecendo algumas desvirtudes.
Corrigi a frase de meu msn. Antes era: "Sou mais inteligente solteiro".
Isso é desculpa. Estava mais triste também.
Melhor ficou agora: "Estou burro!"
Mas como viver uma vida a dois sem encontrar uma pessoa a qual valha a pena?
Ainda não consegui combater com suficiente eficácia a máxima "Antes só do que mal acompanhado".
E assim passei os últimos dois anos. Só.
Fiquei escrevendo coisas. Cultuando esta solitude.
Falava que estava só, mas não solitário. Justificava minha monotonia diária. Meus finais de semana lendo jornal, caminhando e assistindo filmes.
É estranho o sentimento de agora.
Uma sensação de perda de tempo.
Mas que é preenchida com uma certeza de "tempo necessário".
Não é errado pensar em se preparar para momentos como este.
Neste período estive me preparando. Com isso, meu sofrimento, que poderia ser muito maior, foi aplacado por uma compreensão de que "pra tudo tem sua hora".
E esperei, nem sempre com calma, este momento.
Permiti que deitasse meus medos em alguns braços mas, ao me deparar com um grande vazio, entendi que ali ainda não estavam as respostas.
Curei minhas feridas com goles de tempo, em doses homeopáticas.
E atravessei passo a passo este pântano malcheiroso da desilusão e do desencontro.
Não fui covarde.
Encarei.
E aqueles dias e meses intermináveis, são menos que milissegundos agora.
Passaram.
Melhor, foram ultrapassados.
E veio este trator fulminante.
Um sorriso como daqueles arcos gigantes da lua em noites mágicas.
Uma descoberta maior que a de Colombo.
Uma vitória e uma recompensa ainda maior.
Nestas horas tudo vem.
Inclusive a idéia de que valeu a pena.
Vi, dias destes, umas imagens de Foz do Iguaçu.
Aquela parede-colosso de água.
Felicidade que me invade por todos os lados.
E desejo de "pra sempre". Esses votos de "que dure".
Só tenho que agradecer muito a Deus e todos os que possam ter ouvido minhas preces.
Devem ser muitos.
Cada um foi pegando um pedacinho do que pedi e montando, lapidando.
Saiu um conjunto completo, com cada detalhe lá. Intocável. Lindo. Perfeito.
E agora esta dor incurável da paixão.
A maior e mais suportável de todas as dores.
Depois de tanto tempo, o poder de novamente pará-lo.
O poder de congelar os momentos.
E ainda me veio a imagem de "O Sétimo Selo".
http://www.youtube.com/watch?v=anvRFJFUnRE
Olhando para aquela praia, a morte e o cavaleiro.
Ninguém mais. Nem o tempo, nem a praia, nem nada.
Entendi aquela cena.
Sempre olhava com curiosidade pra ela e via que ali havia algo.
Hoje vejo que tudo é relativo.
Conseguimos driblar a morte, o tempo, o xadrez, a praia, tudo.
Basta abrir a porta.
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